No fim da década de 1980, um artigo da historiadora estadunidense Joan Scott se tornou clássico. Essa estudiosa feminista, influenciada pelas correntes pós-estruturalistas que se inspiraram no pensamento de Foucault e Derrida, esquematizou uma nova forma de se pensar gênero: a partir de uma crítica a outras concepções, inclusive a do sexo/gênero, que, em sua opinião, eram incapazes de historicizar a categoria sexo e o corpo. Assim, Joan Scott considerou que apenas opor sexo como algo natural em oposição a gênero como algo cultural, não ajudaria a dar uma utilidade analítica para o conceito de gênero ao longo da História. Para além de um mero instrumento descritivo, chama a atenção da necessidade de se pensar na linguagem, nos símbolos, nas instituições e sair do pensamento dual que recai no binômio homem/mulher, masculino/feminino.
(adaptado de SENKEVICS, Adriano. O conceito de gênero por seis autoras feministas. São Paulo, 09 abr. 2012. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2016)
Nesse sentido, gênero para Joan Scott apresenta-se em sua essência como:
Escolha uma:
a.
um estudo que tratava de buscar nos fatos históricos elementos que pudessem provar as violências, o machismo e a desigualdade que assola as mulheres atualidade.
b.
uma categoria analítica útil para análise histórica das relações baseadas nas diferenças entre os sexos e as movimentações da sociedade.------------------- Correto
c.
um estudo que busca a essência da mulher e entendê-la em oposição ao ser homem na sociedade.
d.
uma categoria que estuda as diferenças entre homens e mulheres como forma de garantir assistência judicial em caso de violências como as tantas que as mulheres já sofreram ao longo da História.
e.
uma categoria de análise que diferencia o sexo biológico com o que a sociedade diz que é ser mulher, reforçando que há uma oposição muito forte entre natureza e aspectos sociais.
Soluções para a tarefa
Partindo da premissa que as concepções em torno do sujeito são marcadas por representações culturais e significados, sendo estes cunhados pelas relações de poder, é possível entender a teoria de Joan Scott. Essa autora diz que o estudo do gênero deve ser realizado de forma a observar a importância dos sexos, ou dos grupos de gênero dentro do passado histórico.
Joan Scott faz varias análises das medidas necessária para encontrar o cerne das questões propostas pelas feministas. Devendo sempre buscar uma explicação que tenha real significado. Sccot diz que o gênero é, portanto, duas coisas, uma que tem relação com as diferenças encontradas entre os sexos e a outra é a forma primaria encontrada para fazer valer as relações de poder.
A afirmação correta é uma categoria analítica útil para análise histórica das relações baseadas nas diferenças entre os sexos e as movimentações da sociedade.