Filosofia, perguntado por luiswisniewski308, 9 meses atrás

No esquema idealista, as coisas aparecem para cada um de nós em nossas ideias. No entanto, para Kant: I - As coisas em si mesmas são inacessíveis. Não conheço as coisas, porque sempre que as conheço as conheço em mim, portanto já afetadas pela minha subjetividade. As coisas em si Kant chama de númeno. II - Kant diferencia então dois elementos: aquilo que é dado e aquilo que é posto. O primeiro refere-se a algo que se dá em mim, ou seja, o caos de sensações. III - O segundo elemento seria a subjetividade que eu coloco a partir desse algo dado, mais especificamente as categorias mais fundamentais — o espaço e o tempo. IV - Por esse motivo, não é o pensamento que se adapta às coisas, mas o inverso: são as coisas que se adaptam ao pensamento. Esse é o sentido da revolução copernicana efetuada por Kant. Assinale:

A)Todas estão corretas.
B)Apenas I e III estão corretas.
C)Apenas I e II estão corretas.
D)Apenas I, II, e IV estão corretas.

Soluções para a tarefa

Respondido por elamambretti
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Para Kant:

A)Todas estão corretas.

I. correto. Para Kant, as condições formais puras a priori para o conhecimento dos objetos não estão fora de nós no mundo dos objetos, mas, ao contrário, estão no sujeito.

Os objetos devem se adaptar a essas condições existentes no sujeito para que eles possam ser conhecidos. Assim, em Kant, só podemos conhecer os fenômenos e não as coisas em si, noumeno, na medida em que estas últimas excedem o campo das nossas experiências, já não existem garantias de verdades absolutas.

II. correto. Para Kant a sensibilidade nos oferece uma multiplicidade de sensações: informações  visuais, acústicas, gustativas, etc., dadas nas formas da intuição a priori, a saber, no espaço e  no tempo. Tais sensações, não se apresentam de forma estruturada e desse modo não podem constituir para o sujeito qualquer tipo de objeto determinado.

III. correto. Em Kant, a matéria das  sensações indeterminada é determinável mediante a ação do entendimento. Isso ocorre na medida em que a matéria da sensação é ordenada e estruturada segundo uma regra, fazendo da intuição dada no tempo e no espaço uma unidade que se  apresente estruturada de determinada maneira.

IV. correto. Kant chama conceito, a regra capaz de estruturar o diverso da  sensibilidade. Essa regra é, justamente, aquela que preside sob o material da intuição uma síntese, isto é, uma ligação e uma determinação do  diverso mediante a espontaneidade do entendimento. É o entendimento que, mediante sua atividade, “inventa” as regras para apreender o que se lhe coloca como mundo.

O mundo só pode  aparecer então, dado o papel constitutivo do próprio entendimento, como mundo dos  fenômenos, mediados pelas formas da sensibilidade e do entendimento,

Bons estudos!

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