No documento conhecido como mapa de cantino, qual parte do Brasil está sendo representa
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O planisfério de Cantino é, na verdade, uma cópia de uma carta de grandes dimensões, baseada no chamado padrão real, que pendia na sala das cartas na Casa da Guiné e da Mina, em Lisboa, órgão que administrava a exploração e a colonização dos novos territórios. Existe a hipótese de que Cantino haja subornado um cartógrafo português ou um ilustrador italiano para que lhe tenha feito uma cópia. De acordo com a historiografia em História do Brasil, ele pagou pela cópia doze ducados de ouro, tendo obtido lucro ao remeter a carta ao duque de Ferrara, pois cobrou-lhe vinte ducados[1]. O ano de realização desta cópia, 1502, está estabelecido com segurança, a partir de uma carta do próprio Cantino, datada de 19 de novembro desse ano, endereçada ao duque de Ferrara, na qual menciona que a carta se encontra com um de seus agentes em Gênova. Duarte Leite cotejou as datas de partida e de chegada, assim como os roteiros, das frotas portuguesas que singravam o Atlântico Sul no período, com os dados apresentados no mapa, concluindo pela data de criação do mapa em outubro de 1502[2]. A inscrição mais recente na carta é a menção ao desaparecimento de Gaspar Corte-Real, reportado em outubro de 1501; a carta contém igualmente detalhes desconhecidos até ao retorno da terceira frota portuguesa de João da Nova, entre 11 e 13 de setembro de 1502.