no dia 10 de outubro é feriado na cidade de Delmiro Gouveia em memória da morte de Delmiro Augusto Cruz Gouveia Explique quais são explicações emlucidadas referente a morte de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia
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Resposta:"Empresário nacionalista brasileiro nascido na fazenda Boa Vista, município de Ipu, Ceará, pioneiro na introdução de benefícios sociais para os trabalhadores, conhecido como o rei do sertão no Nordeste brasileiro, por sua riqueza, filantropia e coragem de desafiar o poder econômico dos ingleses no Nordeste. De origem humilde, era filho ilegítimo de um fazendeiro e negociante de gado, Delmiro Porfírio de Farias, que morrera na Guerra do Paraguai, e de Leonilda Flora da Cruz Gouveia. De família pobre, teve que trabalhar cedo para se manter e ajudar a mãe e aos 19 anos, mudou-se com ela para a cidade de Goiana, em Pernambuco e depois para o Recife. Foi bilheteiro da estação Olinda do trem urbano chamado maxambomba, trabalhando também na estação de Apipucos, bairro do Recife, e trabalhou ainda como despachante de barcaças. Interessado na compra e venda de couro e peles de cabras e ovelhas vai para o interior de Pernambuco, onde casou-se (1883) com Anunciada Cândida de Melo Falcão, na cidade de Pesqueira.
Trabalhou inicialmente como intermediário entre os produtores de peles de cabra, carneiro e couros de boi espalhados por todo o sertão nordestino e os comerciantes estrangeiros sediados no Recife. Trabalhou depois para a Keen Sutterly & Co., da Filadélfia, e tornou-se gerente de sua filial (1892). No ano seguinte, quando a matriz faliu, ele comprou seus escritórios no Recife e fundou a Casa Delmiro Gouveia & Cia (1896). Ligou-se à firma L. H. Rossbch, Brothers de Nova York e, com seu apoio financeiro e com postos de compra espalhados por todo o Nordeste, enriqueceu e tornou-se conhecido como o Rei das peles. Partiu para outros empreendimentos e pela urbanizou o bairro do Derby, no Recife, onde só havia manguezais, abrindo ruas, construindo casas e um grande mercado modelo sem similar no Brasil, o Mercado Coelho Cintra (1899), incendiado (1900), reformado (1924) e hoje sede do quartel general da Polícia Militar de Pernambuco, e construiu uma refinaria de açúcar que chegou a ser a maior da América do Sul.
Autoritário e de temperamento difícil, à medida que enriquecia criava mais inimigos, especialmente entre os políticos pernambucanos, o que o levou a se separar da esposa (1901) e a refugiar-se durante um ano na Europa. De volta ao Brasil, no ano seguinte fugiu com uma adolescente, Carmela Eulina do Amaral Gusmão, fixando-se em Vila da Pedra, uma localidade a cerca de 280 km de Maceió, hoje Delmiro Gouveia, perto do rio São Francisco, no sertão alagoano (1904), e voltou ao comércio de peles. Era um povoado formado por uma meia dúzia de casebres em torno de um terminal da ferrovia que unia Piranhas a Petrolândia, pela qual circulava um trem por semana. Com apoio financeiro dos irmãos Rossbach, uniu-se a dois sócios italianos, Lionelo Iona e Guido Ferrário, fundando a firma Iona e Cia., com sede em Maceió. Para Pedra eram levadas peles e couros dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe, onde elas eram tratadas e enfardadas. Seguiam de trem até Piranhas, desciam o São Francisco até Penedo e por mar seguiam para Maceió, de onde eram exportadas para os Estados Unidos."
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