No começo fiquei assustado. Mas talvez não seja especialmente horrível a ideia que li na Folha deste domingo, sobre a mais nova profissão do mundo. Trata-se do “personal amigo”, e o nome, por si só, já é um poema. Amigos, por definição, sempre serão pessoais; o "personal amigo" inverte o sentido da expressão. Você paga uma taxa – que vai de R$ 50 a R$ 300, imagino que de acordo com a qualidade do profissional – e fica com uma pessoa para conversar, ir com você ao shopping ou tomar uma água de coco durante sua caminhada. Seria fácil pôr as mãos na cabeça e ver nessa novidade mais um sintoma da extrema mercantilização da vida cotidiana dentro dos quadros do capitalismo avançado. Creio que não se trata disso. Ninguém confundirá "personal amigo" com um amigo de verdade. Namoro, amizade, relacionamento? Acho bom que a extrema variação das emoções humanas não fique limitada a duas ou três palavras. Mandaram-me a notícia de que um site de livros eletrônicos entrega pelo correio uma fita adesiva para grudar no computador. A fita tem cheiro de livro real. Eis aí, quem sabe, o segredo do "personal-qualquer coisa". Ficamos muito tempo navegando no mundo virtual. Há o medo e a necessidade de entrar em contato físico com a realidade. Contrata-se um "personal amigo": pode ser um amigo falso, mas é uma pessoa real. A solidão pode ser driblada nas conversas pela internet. Mas não é apenas distração e conversa o que se procura: há, como nos adesivos com cheiro de livro verdadeiro, necessidade de coisa mais profunda, quem sabe até se religiosa; penso em termos como presença, calor, vida e comunhão. COELHO, Marcelo. Do virtual ao personal. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 ago. 2007, p. E9. [Adaptado]. Qual o problema central abordado no texto? * Esta pergunta é obrigatória Qual é a opinião do autor sobre esse problema? * Qual o argumento principal usado pelo autor para defender seu ponto de vista? * Qual a finalidade desse texto? *
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relate abaixo que problemas essas crianças criaram
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