No caso, era um ponto turistico de São Francisco, nos Estados Unidos. Ela falava apenas japonês, enão foi preciso contar com a ajuda de uma tradutora para inglês. A intérprete me explicou que eu deveria aprender a dizer apenas uma palavra em japonês: "sim". Isso era para responder quando o carro me perguntasse se eu queria ir a determinado lugar. Mas o sistema inteligente não ficou no "sim" ou "não". Acabou pedindo para que eu escolhesse entre duas opções: a famosa ponte Golden Gate ou Downtown, o centro de São Francisco. Tive que dizer duas vezes a minha escolha, "Downtown". E, só então, o carro respondeu: "OK, Golden Gate"... Ou seja, não entendeu o meu comando. Mas fomos em frente. O caminho até a ponte quem escolheu foi o carro. A paisagem era projetada num telão à minha frente, para simular a experiência. Começamos a "rodar" em uma estrada e, logo de cara, percebi como ele queria que eu me sentisse. O interior do carro ganhou a cor roxa - que significa relaxamento - e o veículo entrou no modo autônomo; eu nem precisava manter as mãos ao volante. Em seguida, o banco se reclinou um pouco e começou a fazer massagem. Uma música tranquila soava, tudo para criar uma experiência bem sossegada. Depois, na área urbana, a cor mudou para verde, que significa alerta, e o banco voltou à posição normal e o carro pediu que eu colocasse minhas mãos no volante, "assumindo" o controle. Apareceu até um ciclista virtual "do nada" e o carro freiou sozinho. "Chegando" ao nosso destino, a assistente virtual revisou o caminho e mostrou no mapa o ponto em que a minha expressão pareceu mais alegre - provavelmente comparando as minhas reações com a foto sorridente que ela tirou antes de eu entrar no veículo. Ao explicar sobre o carro, na última terça (24-10), a Toyota apresentou gráficos que mostram como a inteligência artifical atua, verificando os padrões de expressão do ocupante do veículo. Tudo é levado em conta: olhos, expressão facial, postura, tom de voz. O que é falado pelos ocupantes também é analisado. A montadora usou a expressão "conversation control" para explicar como o carro pode "puxar" um assunto da preferência do motorista para acalmá-lo, por exemplo. Ele "descobre" esses tópicos "ouvindo" o que é dito ali dentro e também analisando dados das redes sociais do condutor. É impossível não lembrar da série "Black mirror", do Netflix, que aponta impactos extremos da tecnologia na sociedade. Aliás, eu perguntei a um dos criadores do Concept-I se ele conhecia a série, e ele disse que nunca tinha visto. Questionada sobre os limites éticos do uso de dados pessoais, a Toyota afirmou que vai respeitar a vontade dos clientes, a segurança da informação e não invadir a privacidade de quem não permita esse tipo de acesso. E reforçou que o mais importante no uso da inteligência artificial é ajudar o motorista a ter uma viagem segura. Por Luciana de Oliveira do Autoesporte para o G1. Disponível em: https://g1.globo.com/carros/salao-de-toquio/2017/noticia/carro-black-mirror-puxa-conversa-com-base-em-redes-sociais-mas-falha-em-comando-simples.ghtml. Acesso em 30-10-2017. Os testes com carros autônomos, que usam inteligência artificial, têm se tornado frequentes e a competição entre as empresas está ficando cada vez mais acirrada. No entanto, o carro da Toyota não apenas dirige sozinho como os demais, mas sim se destaca por interagir com o motorista ou passageiro. A partir da reportagem, é correto afirmar que:
Escolha uma:
a. O carro da Toyota usa os padrões de expressão do ocupante do veículo como olhos, postura, tom de voz, além do que é falado para ter “assunto” para interagir com o motorista ou passageiro.
b. O carro da Toyota traça rotas e dirige sozinho. A única interação com o motorista é pedir para que ele escolha o destino.
c. O carro da Toyota usa apenas os padrões de humor do ocupante do veículo para ter “assunto” para interagir com o motorista ou passageiro.
d. A Toyota informou que o carro já passou por todos os testes necessários e deverá chegar ao mercado em 2020.
e. O carro entendeu todos os comandos dados pela jornalista na hora do teste drive no salão do automóvel em Tóquio.
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