No campo de estudo da Morfologia, há certas delimitações e diferenciações de nomenclaturas que são necessárias. Para alguns, palavraemorfema, por exemplo, poderiam ser utilizados como vocábulos sinônimos. Porém, do ponto de vista da análise morfológica da língua portuguesa, cada um desses elementos representa algo distinto. Imagine que você assumiu uma turma de graduação no curso de Letras, pois o professor titular (seu orientador de pesquisa na área de Morfologia) precisou viajar para um congresso durante certo período. Dessa forma, ele orientou que a temática que está sendo trabalhada em aula contempla o tópico que classifica palavrase morfemas. O professor titular já trabalhou com as duas classificações e forneceu para os alunos certas explicações, como detalhado na imagem a seguir:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Podem ser utilizadas diferentes abordagens metodológicas para a entrega do conteúdo. É possível utilizar: mapa conceitual, brainstorming, apresentação, relatório, entre outros. No entanto, o conteúdo explicativo deve evidenciar a diferenciação entre palavra e morfema.
Logo:
Palavra
São apresentadas três aplicações diferentes. Observe para a palavra habilidade:
1) Seu aspecto material, fônico – com significante ou expressão (habilidade).
2) Sua significação gramatical – classe de palavras (substantivo feminino singular).
3) Sua significação lexical – o que significa a palavra em relação a outras? (habilidade, caridade ou amabilidade).
Na expressão material de seu aspecto fônico, ou seja, como “simples” palavra, habilidade não tem nenhum significado e só pode ser classificada pelas suas características físicas; por exemplo, pelo número de sílabas (polissílaba) ou pela sílaba tônica (paroxítona). Consideradas como puras palavras, há só uma forma de “amo”, por exemplo: amo = quero bem; amo = senhor.
Dessa forma, quando, além da parte fônica (significante), é inserida a parte significativa (significado), pode-se questionar, por exemplo, quantas palavras existem no conhecido verso de Bilac:
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada.
Gramaticalmente, há quatro palavras diferentes. Uma expressa o pretérito perfeito do indicativo na primeira pessoa do singular (eu cheguei), e a outra o pretérito perfeito do indicativo na segunda pessoa do singular (tu chegaste). Assim, cheguei e chegaste são contadas como duas palavras gramaticais.
Agora, é possível afirmar que se trata de três palavras se for indicado que cheguei e chegaste são palavras de uma só significação lexical, uma vez que o significado lexical das duas é o mesmo: atingir o final de movimento de ida ou vinda, representando as duas a realidade do mundo físico e situadas fora da gramática.
Morfemas
Na língua portuguesa, como uma língua flexional, a palavra está constituída indissoluvelmente por uma base fônica e duas formas semânticas (gramatical e lexical), conhecidas pelo nome técnico de morfema.
Logo, morfema é a unidade mínima significativa ou dotada de significado que integra a palavra. Observe:
Falávamos
Falava
Qual é o elemento comum entre as duas palavras? Falava.
E a unidade -mos, o que significa? Esse elemento é distintivo e indica a primeira forma verbal referida à primeira pessoa do plural (nós). Então, -mos é uma unidade portadora de conteúdo gramatical. Dessa forma, é classificada como um morfema.
E na comparação de falava e fala, o que se pode afirmar sobre morfema?
Nesse caso, destaca-se o morfema -va como indicador de ação verbal em um passado que se prolonga (pretérito imperfeito do indicativo). Por fim, -va é outro morfema.
Explicação: