No Brasil, o baobá é um símbolo forte na cultura afrodescendente. o que diz os griot, na tradição oral,a respeito do baobá?
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Resposta:
Baobá, a árvore é um dos símbolos fundamentais das culturas africanas tradicionais.
Os velhos baobás africanos de troncos enormes suscitam a impressão de serem testemunhas dos tempos imemoriais. Os mitos e o pensamento mágico-religioso yorubá têm na simbologia da árvore um de seus temas recorrentes.
Na sua cosmogonia, a árvore boabá surge como o princípio da conexão entre o mundo sobrenatural e o mundo material. As árvores “(…) estão associadas a ìgbá ì wà ñû – o tempo quando a existência sobreveio – e numerosos mitos começam pela fórmula ‘numa época em que o homem adorava árvores’…”.
Uma das versões do mito cosmogônico relata que foi através do Òpó-orun-oún-àiyé – o pilar que une o mundo transcendente ao imanente – que os deuses primordiais chegaram ao local aonde deveriam proceder o início do processo de criação do espaço material.
Este pilar – muitas vezes simbolizado pela árvore ou por seu tronco – é uma figura de origem, é um signo do fundamento, do princípio de todas as coisas, elemento de conexão entre a multiplicidade dos “mundos”.
Mircea Eliade vai chamá-la de “Árvore do Mundo”, “Axis Mundi”, “Árvore Cósmica”, cuja função é a de elidir as diversas regiões do cosmo. Para boa parte das tradições místicas e religiosas, os “mundos” dividem-se nos espaços inferiores ou infernais, intermediários ou terrestres e superiores ou celestes.
A concepção católica cristã ainda compreende a existência de outros “territórios” como o purgatório ou o limbo.
Explicação:
espero ter ajudado
Resposta:
O culto e respeito pela árvore Baobá transcende à admiração pela espécie das estepes africanas, resistente às adversidades temporais, nesse sentido, baobá é o elo entre vivos e mortos, quando morria, o Griot (sábio das comunidades africanas que através da oralidade transmite para as novas gerações toda a cultura e história de seu povo) era enterrado dentro do tronco do Baobá de sua comunidade; dessa forma continuava “vivendo” dentro de um organismo vivo.