No Brasil, desde o início do século XX, ocorreram várias tentativas para organizar a Atenção Primária em Saúde (APS). Entretanto, o marco mais importante para a APS aconteceu por meio da implantação do Programa Saúde da Família (PSF), que passou a ser denominado Estratégia Saúde da Família (ESF) devido as suas potencialidades e capacidades para orientar a organização do sistema de saúde. A ESF está fundamentada em princípios como a centralidade na pessoa/ família, o vínculo com o usuário, a integralidade e a coordenação da atenção, a articulação à rede assistencial, a participação social e a atuação intersetorial. Em mais de 20 anos após sua implantação, essa estratégia ainda é considerada elemento principal da agenda política para a organização dos serviços e ações de APS, produzindo muitos resultados positivos à saúde da população. Entretanto, algumas de suas potencialidades podem ser minimizadas devido a sua inserção em cenários complexos e diversificados, permeados por interesses políticos, econômicos e sociais, o que tem colocado em dúvida sua função reorganizadora dos serviços e ações de saúde e caráter substitutivo do modelo tradicional. Diante desse contexto, analise a ESF em relação as suas principais contribuições e desafios para o desenvolvimento da APS no Brasil.
Soluções para a tarefa
Resposta:A ESF baseia-se em princípios norteadores para o desenvolvimento das práticas de saúde, como a centralidade na pessoa/família, o vínculo com o usuário, a integralidade e a coordenação da atenção, a articulação à rede assistencial, a participação social e a atuação intersetorial.
Essa estratégia tem sido defendida como o principal elemento da agenda política para a organização dos serviços e ações de APS no Brasil, produzindo vários resultados favoráveis à saúde da população.
Contudo, devido à sua inserção em cenários complexos e diversificados, permeados por interesses políticos, econômicos e sociais, algumas de suas potencialidades podem ser minimizadas, o que tem trazido questionamentos quanto à sua credibilidade como reorganizador dos serviços e ações de saúde, e substitutivo do modelo tradicional de APS no Brasil.
Diante dessa perspectiva, faz-se necessário avaliar a ESF, detectando as áreas passíveis de intervenção pelas autoridades sanitárias com vistas ao seu futuro aperfeiçoamento.
As principais contribuições e os desafios da ESF para o desenvolvimento da APS brasileira, com a finalidade de refletir sobre os aspectos que podem afetar a sustentabilidade desse modelo.