No ano de 1630 os holandeses invadem e ocupam as cidades de Olinda e Recife, eles ficam na região por volta de 25 anos, boa parte deles administrados por Maurício de Nassau. Durante o seu governo pode-se afirmar corretamente, exceto em: *
a) Os holandeses ampliaram o seu domínio ocupando o litoral do Maranhão até Sergipe.
b) Nassau atendeu à solicitação de grandes latifundiários da região, desativando a produção açucareira e proibindo o tráfico de escravos para região.
c) A cidade de Recife foi saneada e modernizada.
d) Recife passou a se chamar de Mauritzstadt ( cidade Maurícia).
Soluções para a tarefa
Resposta:
As invasões holandesas no Brasil ocorreram quando os holandeses ocuparam territórios no Nordeste brasileiro no século XVII. Essa invasão estava diretamente relacionada com as questões diplomáticas envolvendo Portugal, Espanha e a própria Holanda naquele período. Os holandeses procuraram construir sua própria colônia na América ao se apropriar de uma das principais praças produtoras de açúcar da América Portuguesa.
Os holandeses permaneceram no Brasil de 1630 a 1654, e sua presença aqui ficou profundamente marcada pela administração de Maurício de Nassau, militar alemão enviado pela Companhia das Índias Ocidentais para governar a colônia holandesa. A expulsão dos holandeses aconteceu por meio da mobilização popular contra os holandeses motivada pela Guerra de Restauração, que teve início em 1640.
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Por que os holandeses invadiram o Brasil?
A invasão do Nordeste brasileiro pelos holandeses resultou diretamente das relações diplomáticas entre Portugal, Espanha e Holanda no final do século XVI. Até 1580, a Holanda tinha um envolvimento direto com o negócio do açúcar produzido no Brasil, pois foram eles que financiaram o desenvolvimento do negócio aqui e eles também participavam do refino e da comercialização do açúcar na Europa.
Com a crise da dinastia de Avis, o rei da Espanha, Filipe II, acabou sendo coroado rei de Portugal.[1]
Com a crise da dinastia de Avis, o rei da Espanha, Filipe II, acabou sendo coroado rei de Portugal.[1]
A atividade açucareira rendeu bastante lucro para Portugal e Holanda. No entanto, essa situação sofreu profundas modificações com a crise da dinastia de Avis em Portugal, no final do século XVI. Essa crise de sucessão deflagrou-se quando d. Henrique, rei de Portugal, morreu e não deixou herdeiros diretos.
Assim sendo, uma disputa aconteceu e resultou na coroação de Filipe II, da Espanha, como rei de Portugal. Como desdobramento, as coroas de Espanha e Portugal foram unificadas sob o domínio do mesmo rei. Isso ficou conhecido como União Ibérica e representava, naturalmente, que mudanças drásticas aconteceriam nas relações diplomáticas entre Holanda e Portugal, pois a Holanda estava em guerra contra a Espanha desde 1568.
Essa guerra entre Espanha e Holanda tinha relação com a luta dos holandeses por sua independência (até 1581, a Holanda estava sob o domínio dos Habsburgo, a dinastia que reinava na Espanha). Por conta desse contexto, os inimigos da Espanha tornaram-se os inimigos de Portugal, já que os dois países passaram a ser governados pelo mesmo rei.
Assim, os holandeses acabaram sendo excluídos do negócio do açúcar e isso resultou em uma ação dos holandeses contra Portugal. Em 1595, os holandeses saquearam portos portugueses no continente africano e, em 1604, atacaram a cidade de Salvador, na Bahia, mas o ataque dos holandeses acabou fracassando. Depois disso, os holandeses permaneceram em trégua com os espanhóis até 1621.
Invasão do Nordeste
A trégua da Holanda com a Espanha encerrou-se em 1621 e, no mesmo ano, a Companhia das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie, em holandês) foi fundada. Esses acontecimentos fizeram com que a guerra fosse retomada. A WIC (sigla da companhia no holandês) tinha como objetivo tomar o controle dos locais produtores de açúcar de Portugal, bem como dos postos de comércios de escravos na África.
Em 1624, veio o primeiro grande ataque dos holandeses contra a capital do Brasil, a cidade de Salvador, e eles a conquistaram após 24 horas de batalha. O domínio dos holandeses concentrou-se nos limites da cidade, uma vez que a resistência dos colonos e dos portugueses não permitiu que os holandeses se expandissem pelo Recôncavo Baiano.
Depois de um ano, a resistência portuguesa conseguiu expulsar os holandeses de Salvador. Isso foi possível, em grande parte, graças à chegada de aproximadamente 12 mil homens para lutar contra os holandeses. Depois de expulsos, em 1625, os holandeses retornaram dois anos depois, em 1627, para saquear a capital do Brasil.
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Invasão de Pernambuco
Depois de terem sido expulsos de Salvador, os holandeses voltaram-se contra Pernambuco, outra capitania brasileira que prosperava com a produção de açúcar. Em 1630, uma expedição holandesa formada por 65 embarcações e 7280 homens atacou Olinda|1|. Com essa força, os holandeses conseguiram conquistar Olinda em 14 de fevereiro de 1630.
Com a invasão holandesa, Maurício de Nassau foi indicado para administrar a colônia holandesa no Nordeste.[2]
Entre 1630 e 1637, os holandeses estenderam o seu domínio pelo Nordeste brasileiro e conquistaram regiões como a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Para isso, contaram com a preciosa ajuda de um colono chamado Domingo Fernandes Calabar. O conhecimento que ele tinha da terra foi crucial para o sucesso dos holandeses.