No aluir das paredes, no ruir das pedras, no esfacelar do barro, havia um longo gemido. Era o gemido soturno e lamentoso do Passado, do Atraso, do Opróbrio. A cidade colonial, imunda, retrógrada, emperrada nas velhas tradições, estava soluçando no soluçar daqueles apodrecidos materiais que desabavam. Mas o hino claro das picaretas abafava esse projeto impotente. Com que alegria cantavam elas — as picaretas regeneradoras! E como as almas dos que ali estavam compreendiam o que elas diziam, no clamor incessante e rítmico, celebrando a vitória da higiene, do bom gosto e da arte.
BILAC, O. Crônica (1904). Apud SEVCENKO, N. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1995.
De acordo com o texto, a "picareta regeneradora" do alvorecer do século XX significava a
A) erradicação dos símbolos monárquicos.
B) restauração das
Soluções para a tarefa
Resposta:
Oii, desculpe a demora! A resposta correta é a letra (E)
Explicação:
Acredito que suas alternativas sejam:
a) erradicação dos símbolos monárquicos.
b) restauração das edificações seculares.
c) interrupção da especulação imobiliária.
d) reconstrução das moradias populares.
e) reestruturação do espaço urbano.
Resposta:
letra e: reestruturação do espaço urbano.
Explicação:
Influenciado pela Belle Époque, pelo Positivismo e pelos avanços da medicina, várias cidades brasileiras sofreram reformas urbanas no início do século XX. A cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil, passou por esse processo de modernização. O presidente do Brasil Rodrigues Alves, o prefeito do Rio de Janeiro Pereira Passos e o médico sanitarista Oswaldo Cruz foram os responsáveis pela reestruturação do espaço urbano do Rio de Janeiro. Gabarito E.