niciar a criança no esporte, de maneira que ela esteja preparada para começar a participar de competições, exige um momento adequado para a sua saudável iniciação. Por isso, com o tempo, o interesse educativo pelos jogos gerou, na Educação Física, uma perspectiva teórica que defende os jogos cooperativos como facilitadores pedagógicos de iniciação à prática de esportes. Essa perspectiva respalda as possibilidades educativas dos jogos nos aspectos afetivo, motor e cognitivo, mediante propostas planejadas por parte dos adultos. Você, professor de Educação Física, por problemas de saúde, acaba precisando se ausentar de uma aula que seria a introdução do futebol, para uma turma do Ensino Fundamental, envolvendo alunos entre 8 e 9 anos, com perfis heterogêneos. Uma professora de Matemática, colega sua, é escolhida para substituí-lo. Mas ao ver que os alunos estavam empolgados porque iriam jogar futebol, sabendo que sua matéria está em dia, decide deixá-los jogar em vez de dar a sua aula. No outro dia, você mal chega na escola e a professora já vem correndo ao seu encontro, para lhe dizer que a tentativa foi um caos, pois os alunos brigaram em decorrência da diferença entre os níveis de conhecimento prévio das regras do jogo, bem como da aptidão para jogar, além de relatar dificuldade em fazê-los escolherem colegas do sexo oposto para compor os times. Frente a isso, explique à sua colega: 1. Quando a criança está preparada para participar de competições no esporte? 2. Quais estratégias pedagógicas podem ser utilizadas antes da iniciação esportiva, na prática?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Bom Dia quando for fazer a prova de amanhã nós conversa com o gleyson a ele pediu para me passar o que ele precisa
Resposta:
Explicação:
Padrão de resposta esperado
1. Quando se analisa o problema de a criança estar preparada para participar de competições no esporte, é necessário considerar a questão da prontidão e do período ótimo de aprendizagem. A prontidão está relacionada com os pré-requisitos necessários para o envolvimento de crianças e de adolescentes em novas experiências. O período ótimo de aprendizagem baseia-se na noção de que, durante o desenvolvimento, alguns momentos são “ideais” para promoverem-se novas aprendizagens, significando que as capacidades necessárias estão presentes no indivíduo, ou seja, a prontidão. Antes desse período, determinados conteúdos de aprendizagem ficam prejudicados e, após esse período, perde-se a oportunidade de se explorar o melhor potencial do indivíduo. É importante esclarecer que não existe um período ótimo para todos os conteúdos, uma vez que há especificidades para os vários domínios do comportamento e grande variação de conteúdos. A participação de uma criança em uma situação de competição no esporte implica não somente adesão a um sistema de recompensa e de motivação mas, também, consideração de um processo cognitivo extremamente, complexo. Isso ocorre porque, para participar de uma competição esportiva, supõe-se que a criança já tenha alcançado maturidade psicológica suficiente que lhe permita enfrentar outra criança. No entanto, nesse processo, nem tudo é permitido, e a regra, que normatiza as interações entre os competidores e o resultado possibilita espaço ao jogar bem, levando os participantes a situações difíceis de enfrentar principalmente se os envolvidos são crianças.
2. Considerando tanto a iniciação esportiva quanto o perfil heterogêneo dos alunos e, ainda, a diversidade, tendo em vista os variados níveis de conhecimento prévio dos estudantes, o professor pode explicar todo o jogo com desenhos e simulações, antes mesmo da prática, no próprio chão da quadra, ou até mesmo em sala de aula, na lousa. Não é o mesmo que decompor as partes, mas sim facilitar a visão do todo ou, pelo contrário, iniciar o jogo com algumas poucas regras e ir introduzindo as demais conforme as primeiras forem sendo aprendidas. Outra forma de apresentação seria levar um jogo escrito, solicitar aos alunos que o lessem e tentassem jogá-lo. Isso possibilitaria verificar o nível de compreensão e interpretação dos alunos. Ainda como exemplo, o professor poderia explicar um jogo a apenas um aluno e pedir que este estudante o explicasse aos demais. Nas escolas que contam com aparelho de vídeo, poderia ser escolhido um jogo e passado aos alunos, que assistiriam e o colocariam em prática. Nesse exemplo, a informação viria da televisão. O papel do professor seria o de esclarecer as dúvidas e modificar regras quando estas fossem muito fáceis ou difíceis. Além disso, também é essencial trabalhar o espírito de inclusão nos alunos e desestimular a exclusão por gêneros para que permitam a todos os colegas a possibilidade de desenvolver e aprimorar habilidades jogando, além de perceberem que a aptidão não está ligada ao sexo, havendo jogadores mais aptos tanto entre os meninos quanto entre as meninas.