“Neste mural, Rivera retrata alguns personagens da Guerra de Independência [do México], iniciada em 1810, por meio da representação pictórica dos líderes de maior vulto desse fato histórico: Hidalgo e Morelos, de um lado, ocupam o centro desta cena, enquanto no canto esquerdo, o Imperador Itúrbide aparece com um peso negativo, aliás o único a ser representado com esta conotação. Deste grupo central, o padre Hidalgo é o personagem principal que carrega na sua mão direita uma corrente quebrada, simbolizando a liberdade, a ruptura, o fim do domínio colonial, enquanto em sua mão esquerda sustenta um estandarte com a imagem da Virgem de Guadalupe. Ao lado de Hidalgo está o padre José María Morelos, o principal general e ideólogo da Guerra. Morelos aponta seu braço para a direita, em direção ao futuro, gesto este acompanhado por um estranho personagem situado mais abaixo que se encontra vestido com uma armadura e uma planta de milho a seus pés como símbolo da terra e que está carregando uma espada em sua mão direita e uma espingarda na esquerda. Da mesma forma que Morelos, este personagem indica, com sua espada, a direção do futuro (...). O ponto principal do monumento é a águia que sustenta em seu bico uma serpente apoiada sobre um pé de nopales [cacto], que simboliza a fundação de Tenochtitlán. Desta maneira, Rivera se apoia na arqueologia para reforçar o mito que funda a identidade cultural mexicana e serve de vínculo tangível entre o México moderno e seu passado remoto (...). O discurso que este símbolo traz refere-se ao mito de origem e a sede do poder político contemporâneo. Este inclusive é o símbolo da atual bandeira mexicana. (...) Visualmente se estabelece então uma poderosa fonte de legitimidade política."
VASCONCELLOS, Camilo de Mello. As representações das lutas de independência no México na ótica do muralismo. Diego Rivera e Juan O’Gorman. Revista de História, n. 153, dez. 2005. p. 283-304; p. 295-297.
Texto 2:
Parte do mural "A Guerra de Independência do México" (1810), confeccionado pelo pintor mexicano Diego Rivera (1886-1957) e produzido entre 1929 e 1935. Em seus diversos murais pintados no Palácio Nacional, no México, Rivera procurou abranger a história mexicana.
Assim, com base nestas informações, analise as asserções abaixo:
I. A história colonial aparece representada na base da obra de Diego Rivera, onde é possível identificar a luta entre espanhóis de armadura e guerreiros astecas. A história mais recente está representada na parte superior do mural, onde identificamos um operário de braço estendido e a luta camponesa pela terra.
PORQUE
II. Alguns elementos na obra interagem para que a história mexicana seja mostrada como uma história de lutas como, por exemplo, as lanças na base da figura; as personagens de braços estendidos com punhos cerrados; a espada em riste ao centro; a própria imagem da águia comendo a cobra; os camponeses de costas com tochas de fogo e rifles nas mãos; as bandeiras elevadas e a faixa com palavras de ordem no topo.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
Alternativas
Alternativa 1:
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
Alternativa 2:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
Alternativa 3:
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
Alternativa 4:
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
Alternativa 5:
As asserções I e II são proposições falsas.
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Resposta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
Explicação:
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