Neste desafio propomos a elaboração de um texto que dialogue com a violência estrutural que existe na sociedade brasileira, e ao mesmo tempo, mostrando como a ética da alteridade, ou seja, essa ética que tem o outro como aquele que nos guia em nossas ações, poderia ser uma resposta a essa questão. Para a realização desse desafio você deverá observar: 1 - o que seria esta nova ética; 2 - qual o conceito de violência estrutural; 3 - como a ética da alteridade poderia resolver esse problema da violência.
Soluções para a tarefa
A ética atua como um conjunto de valores que os indivíduos devem cumprir em sociedade, e, por isso, essa "nova ética" está então relacionada ao tratamento de políticas afirmativas contra a violência estrutural da nossa sociedade.
Chegamos a essa conclusão, pois a violência estrutural é produzida pelas falhas da organização econômica e política da sociedade.
Por isso, a ética serve como um mecanismo para a prevenção contra os mecanismos de opressão social, buscando um estado de bem estar social, quebrando a anomia.
Até a próxima.
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
A ideia de Lévinas a respeito da ética da alteridade seria mesmo essa possibildiade de o outro, com sua dimensão de absoluta diferença - inalcançável pelo nosso conceito. Nesse sentido, podemos observar que há uma violência, que é ela mesma imposta por aquilo que se chama habitualmente de conceitos. Assim, estes conceitos acabam por criar uma estrutura que oprime a diferença, privilegiando quem a ela se adequa.
Nesse sentido, podemos observar que diferença, sempre fora relegada à margem. Daí a necessidade de reflexão acerca de questões como esta. Ora, como nos ensina Brecht, "não é propriamente a água do rio que é bravia, mas as margens que a oprimem que acabam por torná-la assim". Não podemos conceber, nesse período de século, que pessoas sejam relegadas à margem da sociedade por preconceitos, seja lá de qual ordem for. Sobretudo porque a singularidade do ser humano comporta uma diversidade inalcançável pelo conceito que fecha a possibilidade de mudança, e compartimenta as pessoas entre certas e erradas. Boas e más. E isso elimina a singularidade. A dimensão infinita do outro. Portanto, não há que se dizer negros, brancos, homens e mulheres. Ora, a mulher tem um infinito no seu existir, e sua questão de gênero não poderia, de maneira alguma, encerrar sua existência. Isso deve ser aplicado às pessoas que são esquecidas de propósito por conta de questões raciais, de classe social ou qualquer outra. A ética da alteridade é uma busca por imaginar o ser humano antes do conceito, aproximado da ética, distante de uma razão seletiva e discriminatória.