Sociologia, perguntado por Waellersom, 9 meses atrás

Neste desafio propomos a construção de um pequeno texto que evidencie as necessidades de construção de uma maneira menos preconceituosa em relação ao gênero, levando-se em consideração os reais efeitos e necessidades de criações legais para uma dimensão menos preconceituosa da sociedade.

Para esse desafio é importante:

- conceituar o preconceito em relação ao gênero, se possível com exemplos práticos desta questão;
- evidenciar como a criação de um conceito de gênero influencia na construção social;
- trazer à discussão se as leis criadas para auxiliar no combate à diferenciação em relação ao gênero alcançam sua finalidade, deixando claro se este seria um problema a ser resolvido pelo poder judiciário.Neste desafio propomos a construção de um pequeno texto que evidencie as necessidades de construção de uma maneira menos preconceituosa em relação ao gênero, levando-se em consideração os reais efeitos e necessidades de criações legais para uma dimensão menos preconceituosa da sociedade.

Para esse desafio é importante:

- conceituar o preconceito em relação ao gênero, se possível com exemplos práticos desta questão;
- evidenciar como a criação de um conceito de gênero influencia na construção social;
- trazer à discussão se as leis criadas para auxiliar no combate à diferenciação em relação ao gênero alcançam sua finalidade, deixando claro se este seria um problema a ser resolvido pelo poder judiciário.

Soluções para a tarefa

Respondido por cleolopes19
9

Resposta:

Padrão de resposta esperado

O problema do encontro, fundado na diferença não se irá se extinguir enquanto houver humanidade. Constitui-se da e na diferença o que chamamos de homem e mulher. Assim, uma questão interessante para se discutir essa distinta relação com a diferença é exatamente o tratamento que determinados povos dão às mulheres. Enquanto em países que possuem uma religião oficial, o tratamento das mulheres é dado de maneira difícil para o entendimento no mundo ocidental, por outro lado, aqueles que condenam esses comportamentos, do lado de cá, pensam que há problemas com a maneira como as mulheres se portam em países ditos laicos. É um problema civilizacional, cultural e que atravessa a hermenêutica geral desses povos. Há então um choque!

O universalismo proporia que as mulheres fossem tratadas como os ocidentais pensam ser o correto. O relativismo forte diria que cada cultura que cuide, à sua maneira, das mulheres. De outra monta, podemos convocar o multiculturalismo que supõe um encontro igualitário das diferenças e que, por isso mesmo, talvez possa nos indicar um rumo um tanto menos distante do razoável.

Assim, talvez o uso da mulher como se fosse um utensílio da sociedade não fosse a melhor saída. Nesse sentido, há que se conceder às mulheres o direito de existirem enquanto humanos, sem distinção de gênero. As culturas, sendo elas incompletas e imperfeitas, necessitam de se ouvirem. Essa alternativa pode conduzir a uma tratativa mais bem realizada em relação às mulheres. É certo que parece que os valores ocidentais em face das mulheres seriam mais adequados se a mulher fosse vista como ser humano. No entanto, precisamos ouvir os orientais e suas justificativas. Nelas podemos ler quase sempre maneiras de interpretação de ensinamentos religiosos. Por isso dizemos que seria um problema de hermenêutica, pois uma possível saída talvez esteja em uma interpretação assistida pela hipótese da mudança. Como se fosse uma velha estrada, a ser percorrida por novos passos.

É um confronto entre o velho e o novo, entre o ontem e o hoje que nos assombra com suas novidades. Mas o ser humano é antigo, cheio de manias e defeitos, e que, por isso mesmo, é que não podemos tapar os ouvidos para os próximos olhares que virão. As mulheres têm papel crucial na história da humanidade. Não ouvi-las, calar sua voz, seria o mesmo que borrar parte do que nós somos. A tradição precisa falar com a novidade, sob pena de se tornar um idioma não mais entendido. O multiculturalismo é ouvido. Voz que vem em tom feminino, tão mais suave e necessária em tempos de conflitos tão masculinos.

Explicação:

Respondido por avelinoalef
14

Resposta:

A questão de gênero é dado importante na construção do imaginário social. Assim, é importante perceber que o problema de discriminação em relação a mulheres ainda é um dado evidente em nossa sociedade. Por mais que tenhamos caminhado um pouco em relação a esse tema, percebemos que mulheres ainda recebem salários inferiores aos dos homens, em mesmos cargos, entre outras questões. O próprio ordenamento jurídico brasileiro, ao trazer leis como MARIA DA PENHA e tornar hediondo o crime de homicídio contra mulheres, acaba por mostrar o quanto carecemos de aberturas éticas em relação a questões de gênero.

Assim, a primeira questão é reconhecer que a construção histórica de nossa sociedade torna essas relações preconceituosas recorrentes, contudo, quando admitimos o preconceito como uma construção histórica, ao mesmo tempo podemos afirmar a possibilidade de sua não existência. O preconceito de gênero, em todas as suas aparições, é obra da história, e se assim o é, devemos admitir as diferenças até o ponto em que elas nos exaltem e lutar pela igualdade, desde que não seja apenas formal. Em nossa história, as mulheres estiveram confinadas em casa e portanto impedidas da vida política da polis. Essa caminhada, sobretudo, pós constituição de 1988 mudou um pouco. Mas é também claro que apenas as leis não alteram o quadro subjetivo do preconceito, que não poderá ser vencido pela força, mas sim pela educação igualitária que respeite a diversidade e, assim, deixe de lado as ideias de que há hierarquia entre gêneros.

Explicação:

Perguntas interessantes