Neste ano de 2017 é comemorado o centenário da Revolução Russa. Cem anos após seu início é inegável que o mundo precisa compreender o que foi essa revolução e sua repercussão em nosso cotidiano.
Angelo Segrillo, um dos poucos historiadores que estuda o tema no Brasil, relata um fato curioso sobre sua escrita:
“É importante notar, como Karpovich, que a Revolução Bolchevique, ao contrário de revoluções anteriores, como a Francesa, que demoraram a escrever, ou ter escrita, sua própria história, logo empreendeu esforços sistemáticos para a elaboração de documentos e estudos históricos sobre si, em uma espécie de História do Tempo Presente avant la lettre. Desta maneira, mal acabada a Guerra Civil, em 1921, o Istpart, um Comitê de História do partido comunista, inaugurou a Proletarskaya Revolyutsiya [Revolução Proletária], uma publicação mensal dedicada à história da Revolução Russa. Similar era Krasnaya Letopis´ [Anais Vermelhos], publicada a partir de 1922 pela organização do partido comunista em Petrogrado. Os emigrados russos na Europa replicaram a partir de 1921 com o Arkhiv Russkoi Revolyutsii [Arquivo da Revolução Russa].” (SEGRILLO, 2010, p. 66-67).
Responda a seguinte questão:
Por que aqueles que tomaram o poder, assumiram o Estado “correram” para escrever sua História e criar lugares para guarda de sua memória? Explique.
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Escrever a história e a forma que ela será contada é um privilegio daqueles que estão no poder. Isso porque fatos podem ser manipulados nos registros oficiais, mantidos em locais secretos e não liberados ao público, entre outros.
Durante a história, tivemos diversos exemplos de como, por muito tempo, só as informações pertinentes para aqueles que dominavam, eram divulgadas.
Por isso, quando houve a tomada de poder pelos revolucionários de 1917, eles apressaram-se em deixar seus registros, como forma de contar a história daquele local de forma que beneficiasse seu regime.
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