Nesse tema, vimos a importância dos processos de produção, de leitura e de interpretação de textos. Esses assuntos possibilitam a compreensão de que a leitura contribui imensamente para a construção do conhecimento científico, pois por meio dela aprimoramos também a nossa escrita, fundamental para a produção de novos conhecimentos no meio acadêmico. Nesse contexto, propõe-se a seguinte questão: quais as relações entre a produção, a leitura e a interpretação de um texto? Qual a influência das variações linguísticas em tais processos?
A partir da reflexão acima, a proposta deste fórum é que você leia e analise os trechos de texto abaixo e responda as questões que estão na PROPOSTA DE FÓRUM:
ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
"Compadre meu Quelémem sempre diz que eu posso aquietar meu temer de consciência, que sendo bem-assistido, terríveis bons espíritos me protegem. Ipe! Com gosto... Como é de são efeito, ajudo com meu querer acreditar. Mas nem sempre posso. O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo. Divêrjo de todo mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre - o senhor solte em minha frente uma ideia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém!” (ROSA, 2001, p. 31).
"Uma coisa é pôr ideias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil e tantas misérias... Tanta gente - dá susto de saber - e nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego, comida, saúde, riqueza, ser importante, querendo chuva e negócios bons... De sorte que carece de se escolher: ou a gente se tece de viver no safado comum, ou cuida de só religião só. Eu podia ser: padre sacerdote, se não chefe de jagunços; para outras coisas não fui parido.” (ROSA, 2001, p. 31).
"Hem? Hem? O que mais penso, testo e explico: todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é a salvação da alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, para mim, é pouca, talvez não me chegue. (...) Tudo me quieta, me suspende. Qualquer sombrinha me refresca. (...) Muita gente não me aprova, acham que lei de Deus é privilégio, invariável.” (ROSA, 2001, p. 32).
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e inda mais alegre ainda no meio da tristeza! Só assim de repente, na horinha em que se quer, de propósito - por coragem. Será? Era o que eu às vezes achava. Ao clarear do dia.” (ROSA, 2001, p. 334)
1.Você já conhecia o autor e o livro dos quais foram retirados os trechos acima? Compreendeu todas as informações e o jeito do autor escrever? Procurou mais informações na internet sobre o referido livro? Pensando nisso e no que estudou no Tema 1, responda no Fórum: Quais as características da produção, da leitura e da interpretação de um texto?
2.Considerando que a linguagem é um processo sócio-histórico de interação social e o que foi estudado no Tópico 1.1, quais as possíveis intenções de Guimarães Rosa ao escrever os trechos acima?
POR FAVOR ME AJUDEM PRESISO PRA MANHÃ
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Olá!
As características de produção e interpretação de um texto, devem seguir um padrão no qual o leitor analise a obra e busque compreende-la, porém, é um trabalho mutuo, visto que o escritor deve fornecer informações que mesmo quando subjetivas, façam sentido ao interligar os pontos, e, é aí que a interpretação irá auxiliar o leitor.
Além de adentrar sobre a cultura de nosso país, ele busca desenvolver elementos que dialoguem sobre a vida, e, a necessidade de se sentir vivo diariamente, pois Deus quer que a gente aprenda e seja capaz de sorrir mesmo nas dificuldades e viver é ter coragem, até no clarear do dia.
Até mais!
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