Nenhuma língua é um fato inteiramente homogêneo.
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RESUMO: Apresentamos, neste trabalho, reflexões sobre o processo de construção da
língua portuguesa como semióforo representativo da unidade nacional no Brasil e sobre
os desdobramentos dessa construção no modo como a língua foi\é ensinada e
socialmente representada no país. Tal abordagem é um recorte de reflexões realizadas
por ocasião de pesquisa para elaboração de nossa tese de doutoramento2
. A construção
do conceito de língua semióforo leva em consideração que a concepção de
nacionalidade tem estreita relação com a questão lingüística (HOBSBAWM, 1990) e
com o fato de que um semióforo será aquilo que tem valor simbólico de poder atrair e
unir em torno de si pessoas e coisas (POMIAN, 1984). Embora a noção de língua
semióforo pressuponha que a língua seja constituída por duas faces: uma homogênea,
representada pela norma-padrão; outra heterogênea, representada pelas variedades de
uso cotidiano (CONCEIÇÃO, 2008), historicamente, em especial no trabalho
desenvolvido pela escola, a face homogênea tem sido tratada como a única portadora de
autoridade capaz de assegurar o sentimento de comunhão e de unidade de nossa
sociedade. Tal fato tem alimentado, ao longo dos anos, a falsa idéia de que somos um
país monolíngüe e que os brasileiros não sabem falar sua própria língua, o português
brasileiro.
PALVRAS-CHAVE: língua portuguesa; língua semióforo; homogeneidade linguística;
norma-padrão; heterogeneidade linguística.
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