Negrinha (Monteiro Lobato) Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. [...] A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos – e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e zera ao regime novo – essa indecência de negro igual. [...] A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no contexto, pela
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Resposta:
"resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto".
O trecho "Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual" é uma confirmação dessa resposta.
Espero ter ajudado!
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Resposta:
Letra A (resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto. )
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