Navio Negreiro
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
[...]
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
ALVES, C. Navio negreiro. In: FACIOLI, V.; OLIVIERI, A. C. Antologia de poesia brasileira. São Paulo: Ática, 1985.
Apesar de tematizar um problema social de maneira crítica, o poema acima não se filia ao Realismo, mas ao Romantismo, por
a) abordar a escravidão.
b) usar intertextualidade.
c) sensualizar a mulher.
d) humanizar a natureza.
e) apresentar tom emotivo.
Soluções para a tarefa
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29
A resposta é a letra E
ericlesaraujo:
E...
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