Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Lua se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. (Gregório de Matos) Sobre as características barrocas desse soneto, considere as afirmações a seguir: I. Há nele um jogo simétrico de contrastes, expresso por pares antagônicos como Sol/Lua, dia/noite, luz/sombra, tristeza/alegria, etc., que compõe a figura da antítese. II. Este é um soneto oitocentista, que cumpre os padrões da forma fixa, quais sejam, rimas ricas, interpoladas nas quadras ("A-B-A-B") e alternadas nos tercetos ("A-B-B-A"). III. O tema do eterno combate entre elementos mundanos e forças sagradas é indicado ali, por "ignorância do mundo" e "qualquer dos bens", por um lado, e por "constância", "alegria" e "firmeza", de outro. A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que: a) somente I está correta. b) somente II está correta. c) somente III está correta. d) somente I e III estão corretas. e) todas estão corretas.
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Resposta:
A resposta é a letra d) somente I e III estão corretas.
Explicação:
No soneto, podemos ver o jogo de contrastes e a presença da antítese (I), também está presente o combate entre elementos mundanos e sagrados (III). Mas o soneto não é oitocentista, pois a rima nos quartetos é A-B-B-A e, nos tercetos, C-D-C e D-C-D, sendo assim, é um soneto seiscentista (II).
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