Nas últimas décadas a roupa íntima ou “roupa de baixo”, tem apresentado um significativo uso com valor de moda, se tornando, em muitos casos, mais uma opção para “roupa de cima”. O vestuário íntimo feminino se relaciona diretamente com o corpo, dando sustentação às mamas e protegendo a genitália. Por isto, essas peças devem estar adequadas às necessidades e ao corpo de cada usuária. Porém, alguns modelos ofertados no mercado parecem ser capazes de causar danos à saúde ou trazer alguns constrangimentos, como problemas posturais para mulheres de busto avantajado, ou expor partes íntimas num movimento brusco. Diante desse cenário, foi realizada uma pesquisa para saber se o uso de peças íntimas por mulheres jovens, com idade entre 20 e 24 anos, tem trazido incômodo ou algum dano à saúde das usuárias. Quanto aos resultados, todas as entrevistadas relatam buscar conforto e bem-estar nas peças, porém elas mencionam ter dificuldade de encontrar estes aspectos nas peças do mercado. Uma entrevistada relatou que os sutiãs com suporte metálico (ferrinhos) machucam a base das mamas. Outra comentou que uma vez a calcinha causou assadura na virilha e um sutiã apertou as costelas. Uma terceira participante, citou que teve alergia do tecido e o aperto do produto deixou manchas na pele. Por meio dessa pesquisa, foi possível detectar várias queixas das mulheres jovens em relação às roupas íntimas ofertadas atualmente pelo mercado. Nesse contexto, o conceito de Design Ergonômico se insere no estudo, ou seja, é a aplicação dos conhecimentos ergonômicos no desenvolvimento de produto de moda. Lembrando que o ciclo do Design Ergonômico no projeto de design acontece a partir da análise das necessidades dos usuários, desenvolvimento das gerações de alternativas, fabricação do protótipo, avaliação dos protótipos, definição e especificação para a produção e produção.
Você enquanto designer pode ajudar no desenvolvimento de peças que atendam as necessidades das mulheres no que diz respeito ao vestuário íntimo. Desta forma pesquise sobre quais aspectos ergonomicos são necessários para que haja uma roupa adequada para esse nicho de mercado. Após pesquisar monte um texto discursivo explicando quais materiais, modelagens, dispositivos e fatores ergonômicos devem ser considerados para a elaboração de peças que atendam as necessidades das mulheres. Considere sempre o Conforto, Vestibilidade, Usabilidade e Proteção.
Soluções para a tarefa
As roupas íntimas devem ser projetadas de forma que a consumidora possa usar um produto que ofereça conforto tátil, térmico e visual, proteção à danos e riscos à saúde e versatilidade no que se refere à adaptações do corpo, para isso o designer deverá trabalhar a ergonomia da peça íntima.
Para trabalhar com ergonomia da peça íntima, o profissional de design de moda têm como ponto de partida o corpo humano do público-alvo. Assim, interessante saber de antemão qual é o público destinado para aquela peça, se são jovens adolescentes, idosas, grávidas, mulheres que trabalham em atividades de maior esforço físico, mulheres com limitações físicas, etc.
Definido o público-alvo, o designer leva em consideração as diferenças dos biótipos para modelagem de peças em tamanho confortável para mulheres mais altas, mais baixinhas, magras, gordinhas, seios grandes, seios pequenos etc. A modelagem sempre que possível deve ser feita de forma a permitir ajustes e regulamentos nas alças, fecho e parte frontal para melhor adequação ao corpo da consumidora.
Por fim, outro fator levado em consideração é o tipo de tecido que será utilizado, levando em consideração a usabilidade da peça. Uma peça com o intuito de ser confortável deve ser produzida em tecido que ofereça conforto térmico e boa sensação ao toque, bem como a maleabilidade. Assim por exemplo são utilizados o tecido de algodão que é macio, o náilon que tem elasticidade e o cetim que é frio. Para peça cujo o intuito é mais estético do que conforto opta-se por peças em renda, enchimentos e diversos ornamentos metálicos.
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