Nas relações criança/escola/família, é preciso considerar questões psicopedagógicas, psicológicas e sociológicas envolvidas nesse processo. Sabemos que cada criança tem a sua história e a sua família, nas quais vivencia situações diárias pautadas em valores e regras. Quando a criança entra para a escola, ela começa a vivenciar um novo ambiente, no qual ela passa a interagir com um maior número de pessoas, aprender novos valores, novas regras, bem como perceber divergências de conduta. Isto é, o pensamento da criança pode levá-la a concluir: “na minha casa não é assim, mas na escola é”, ou vice-versa. Não podemos nos esquecer que, nesse novo ambiente social, a criança está “aprendendo a ser”. Para lidar com convergências e divergências de regras e comportamento estabelecidas pela família e pela escola, ambas devem manter um relacionamento de confiança, ter uma comunicação eficiente e ser parceiras na condução da gestão da escola, bem como nas questões pedagógicas.
Agora, vamos ao desafio!
Para resolvê-lo você deverá ler a situação-problema a seguir e responder à seguinte questão: como professor(a) desses alunos, qual seria sua atitude para aproximar-se da história desses alunos e definir estratégias de atuação?
Situação-problema: Júlia é professora de educação infantil há 3 anos. Sempre atuou no berçário, mas este ano assumiu uma turma de pré-escolar, de crianças com 4 anos. Já se passaram 2 meses de aula e ela encontra, entre outros desafios, problemas em relação à conduta de alguns alunos. A diretora tem recebido pais para conversar sobre os bilhetes que recebem da professora, por várias vezes seguidas, e não sabem o que fazer. A diretora disse que, juntamente com a coordenadora pedagógica e professora, verificaria como poderiam resolver a situação de forma a não comprometer a socialização, integração e desenvolvimento das crianças.
A seguir, temos duas falas de pais que procuraram a diretora para conversar:
Mãe da criança 1: “Meu filho, em casa, é um anjinho, todos os dias a professora me envia um bilhete dizendo que ele aprontou e está cada dia mais levado. Ela relata que ele atrapalha os jogos, conversa muito durante as atividades e corre muito no recreio, correndo risco de se machucar, pois não ouve ninguém. Não sei o que fazer. Devo procurar um psicólogo para ele?”
Mãe da criança 2: “A professora da minha filha já me chamou 3 vezes na escola, e o ano nem bem começou. Ela diz que está muito preocupada com minha filha, pois, desde o momento em que entra no portão da escola, não fala nada ou quase nada, não realiza atividades com outros colegas e nunca sorri".
Após a conversa com 5 pais, a diretora e coordenadora da escola chamaram a professora para ouvi-la. As duas deixaram claro para a professora que um primeiro passo seria não rotular e nem classificar alunos e ter uma postura de receptividade perante alguns comportamentos não desejáveis, para poder analisá-los como um comportamento de criança que está aprendendo a ser em um novo ambiente social. A partir daí, estabeleceram-se algumas ações.
Orientações para a resposta: Acreditando que as crianças devam vivenciar, na creche e na pré-escola, ambientes positivos, interativos e que contribuam para sua formação e desenvolvimento, responda a esse desafio, descrevendo quais ações a professora pode realizar para:
1. conhecer melhor cada um de seus alunos;
2. estabelecer com os pais uma forma única de conduta;
3. envolver esses alunos em todas as atividades propostas, e quais intervenções ela pode usar no desenvolvimento destas atividades;
4. definir canais de comunicação com os pais para que ambos apresentem relatórios do comportamento das crianças após intervenções.
Soluções para a tarefa
Resposta:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
1. Conhecer melhor cada um de seus alunos
- Reuniões com entrevistas individuais com os pais daqueles alunos que necessitem ser conhecidos com mais urgência.
- Observação contínua de comportamentos e reações no ambiente escolar.
2. Estabelecer com os pais uma forma única de conduta
- Definir situações comuns, na família e na escola, que exijam regras e uma mesma forma de atuação (pais/professora), e avaliar a efetividade das mesmas.
3. Envolver os alunos em todas as atividades propostas e decidir quais intervenções ela poderá usar no desenvolvimento destas
- De acordo com a atividade desenvolvida (oral, corporal, escrita, musical, etc.), envolver espontaneamente os alunos, fazendo perguntas, dando-os responsabilidades, fazendo-os sentirem-se incluídos e/ou responsáveis pela atividade.
4. Definir canais de comunicação com os pais, para que ambos apresentem relatórios do comportamento das crianças após intervenções
- Encontros, entrevistas de acompanhamento, caderno de bilhetes, e-mail, telefone, etc. Esses itens devem promover um conhecimento progressivo da criança pela família e pela escola.
Explicação:
É possível considerar as seguintes respostas para as ações que a professora deve tomar:
- A professora pode estimular brincadeiras com o uso de objetos e nesse contexto, tentar conhecer melhor seus alunos.
- Toda regra que a professora estabelecer em uma situação deve valer para toda a turma, contudo, deve avisar pros pais sobre essa ação.
- Ela pode intervir falando que se o aluno não fizer determinada atividade, ficará sem ir no parque, deixando claro que é uma escola dele, no entanto, haverá consequências.
- A professora pode definir reuniões esporádicas para deixar os pais a parte da condução da aula.
Criança e ensino
O professor deve estar atento ao contexto da faixa etária que ensina, pois, é preciso adentrar neste universo e estimular aprendizagens a partir dele.
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