História, perguntado por geovannaoliveiraaa9, 9 meses atrás

nas migrações dos povos o mar não foi um problema ?Porque ?

Soluções para a tarefa

Respondido por juliohalle
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Resposta:

oi tudo bem então..vou te dar uma resposta mais complexa ok?

Durante o primeiro semestre de 2015, houve uma grande leva de migrações de povos muçulmanos para países europeus. Essa leva continuou no ano de 2016. Mais de 350.000 pessoas deslocaram-se de países islâmicos, sobretudo da Síria e da Líbia, em direção à Europa. Os países que mais receberam esses imigrantes foram a Grécia (cerca de 235.000 indivíduos) e a Itália (cerca de 115.000 indivíduos). Mas o que tem provocado todo esse surto migratório?

Causas do surto migratório muçulmano para a Europa

Duas são as principais razões para esse fenômeno: 1) a instabilidade política provocada pelo terrorismo e pelas guerras civis, sobretudo pela guerra civil na Síria e pela atuação da facção terrorista Estado Islâmico em boa parte do território sírio; 2) a recusa de outros países muçulmanos, sobretudo os países do Golfo Pérsico, como a Arábia Saudita, em receber os refugiados em seu território; bem como as dificuldades de instalação em países vizinhos, como a Jordânia, que tem acomodado os refugiados em acampamentos com condições precárias.

A guerra civil na Síria estende-se desde 2011, época em que ocorreu a chamada Primavera Árabe. Desde essa época, muitas pessoas saíram da Síria em direção aos países muçulmanos vizinhos, como a Turquia, que assimilou um enorme contingente de refugiados. Há pouco tempo, entretanto, esses países vêm restringindo a entrada desses refugiados, que agora partem em direção ao leste e ao sul da Europa. Famílias inteiras estão deslocando-se à procura de abrigo.

A questão dos imigrantes que saem do Norte da África

Grande parte dos imigrantes que saem da Síria com destino à Europa optam pelo caminho da travessia do Mar Mediterrâneo. Para tanto, esses imigrantes precisam ir para o norte africano e de lá seguir para o Sul da Europa. O problema é que essa via, que também é seguida por milhares de africanos, é extremamente perigosa e vem resultando, desde 2014, em milhares de mortes.

A rota de saída do Norte africano em direção ao Sul europeu é controlada por traficantes e contrabandistas de pessoas. Esses contrabandistas assemelham-se aos coiotes que atravessam imigrantes ilegais do México para os Estados Unidos. O destino de quem segue essa rota geralmente são as ilhas italianas de Lampedusa e Sicília.

Os imigrantes são colocados pelos contrabandistas em embarcações pequenas e desprotegidas, sempre guiadas por um imigrante voluntário que nem sempre sabe pilotar um barco. Os imigrantes ficam expostos ao sol, à chuva e à violência do mar. Após dois dias de navegação, se tiverem sorte, podem ser encontrados por pescadores ou pela guarda costeira italiana. Caso contrário, ficam perdidos no Mediterrâneo e acabam mortos.

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