Nas cidades brasileiras do século XIX, os edifícios residenciais eram verdadeiros espelhos da sociedade. Gilberto Freyre, um grande pesquisador da nossa cultura, apresentou, no livro Sobrados e Mucambos, um documento de 1845 no qual um sobrado da cidade do Recife é descrito da seguinte maneira: No andar térreo, ficavam o armazém e a senzala; no segundo, o escritório; no terceiro e no quarto, a sala de visitas e os quartos de dormir; no quinto, as salas de jantar; no sexto, a cozinha. E ainda por cima deste sexto andar, havia um mirante de onde se podia admirar a vista da cidade. Entre as vantagens de a cozinha ser situada no sexto andar, está que a fumaça não incomodava a família, nos andares de baixo. A desvantagem era o transporte de água, carne e coisas de cozinha ter de ser todo feito por vários lances de escada. Mas, pensavam os proprietários, para que tanta fartura de negro e de moleque nos sobrados? (FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos. São Paulo: Global, 2004. Adaptado) O texto apresentado permite afirmar que a) homens escravos e homens livres viviam sob o mesmo teto em condição de igualdade, não havendo conflitos entre ambos. b) o sobrado existia para abrigar apenas o espaço doméstico, enquanto outras edificações serviam como local de trabalho. c) a construção dos sobrados evidenciava a diferenciação social que havia entre os proprietários e os criados da casa. d) os escravos e os criados eram como parte da família proprietária, podendo usufruir livremente de todos os ambientes. e) nos sobrados imperiais os escravos eram privilegiados, pois não dormiam em senzalas como os escravos da zona rural.
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Resposta:
letra c, a construção dos sobrados evidenciaava.......
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