Naquele casarão, estar no quarto que fora o de minha mãe era entrar num conto de fadas [. ]. Quando tinha tempo a avó abria a tampa de um baú sob a janela e eu podia ver, pegar, até vestir: eram roupagens de crianças de antiquíssimos carnavais. A sensação de coisas há muito guardadas, o farfalhar dos tafetás, a cócega das plumas, o oblíquo olhar das máscaras, acendiam a fogueira da minha imaginação. Vestindo aquelas roupas eu sentia o poder dos disfarces, e a multiplicidade, a riqueza, de nada nunca ser o mesmo nem ser um só. Usar uma fantasia era [. ] ser todas as possibilidades. Não consigo descrever a alegria de remexer nesse velho baú: o tempo era um peixe de vidro de repente na minha mão, concreto. [. ] Estavam ali os momentos vividos de minha mãe menina, era o estranho-íntimo, onde eu penetrava quase a medo. E quando em casa lhe falei daquela descoberta, o baú, as máscaras e roupas, minha mãe não pareceu dar muita importância. Achou graça da minha emoção, nem sabia que aquelas velharias inúteis ainda estavam guardadas. [. ]
Soluções para a tarefa
Resposta:
C, A suavização da ideia da fragilidade do peixe de vidro.
Explicação:
Pelo contexto acho que é isso.
O que pode ser entendido desse texto é que a narradora lembrava com afeto das fantasias que estavam no baú da família. Por isso, está correta a alternativa B.
Para que um texto possa ser devidamente compreendido, é necessário que o leitor tenha uma boa interpretação textual.
O que é a interpretação de texto?
Podemos compreender a interpretação de texto como uma capacidade que determinado indivíduo possui de entender o que está escrito em uma mensagem de texto, e a partir desse entendimento ele pensa e reflete. Ou seja, pode ser resumida como a absorção correta dos fatos.
O texto apresentado necessita de interpretação textual para que o leitor possa compreender que a narradora se lembrava de maneira afetuosa das fantasias que se encontravam no baú da família.
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