Português, perguntado por barbaraxavier2papc5w, 9 meses atrás

Não que esse desconhecimento do português fosse coisa rara na sociedade senhorial brasileira. Pelo contrário. Interessava aos proprietários de escravos que estes pudessem compreender suas ordens. Nada além. Principalmente em se tratando de escravos destinados ao trabalho na lavoura, como era o caso do Pai-Raiol. Essa desconfiança com relação ao “falar africano” do feiticeiro parece apontar, na verdade, em As vítimas-algozes, para a possibilidade de essa “língua estranha” ser usada como forma de combate, de se combinarem resistências ao senhor ou à sua família. Porque não era só para acompanhar o movimento das enxadas, para ritmar o próprio trabalho de 15 a 18 horas diárias, que os trabalhadores rurais, por exemplo, cantavam os seus jongos, ora num português arrevesado, ora em dialetos africanos diversos.


Esse texto de Flora Süssekind, sobre um feiticeiro negro de As vítimas-algozes, do romancista romântico Joaquim Manuel de Macedo, põe em discussão

a) concepção da língua como forma de resistência à opressão.

B)

exploração exorbitante do trabalho dos negros na lavoura.

C)

ignorância do africano em relação ao idioma falado pelos brancos.

D)

preocupação dos proprietários em relação à cultura dos escravos.​


andreluizpaixaodasil: Resposta sobre essa questão, por favor !
barbaraxavier2papc5w: eu tbm não achei

Soluções para a tarefa

Respondido por brendaisis
8

Letra a.

A língua é apresentada como forma de importante resistência à opressão, porque era por intermédio da valorização e da utilização da própria fala que os indivíduos escravizados poderiam se comunicar com os demais e manter em voga a sua tradição e cultura.

O desejo entretanto dos "proprietários" em compreender a língua de seus escravos estava voltado apenas para a dominação dos mesmos, e jamais como fator ligado à aspectos culturais do povo.

Perguntas interessantes