Pedagogia, perguntado por consueli125, 11 meses atrás

nao podemos afirmar sobre linguagem,cogniçao e cultura


mariavitoriama98: N ENTENDI

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Respondido por mariavitoriama98
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Resposta:certas habilidades cognitivas não verbais são pré-requisitos para o desenvolvimento da linguagem (como na teoria piagetiana), então “as crianças que não possuem tais habilidades não seriam capazes de desenvolver a linguagem”. Piaget, como vimos, salientava que a linguagem aparece após um estágio do desenvolvimento cognitivo, sendo que o aspecto cognitivo era necessário para o aparecimento da linguagem.

Porém, ao considerar que “as crianças nas quais o desenvolvimento sensorial, motor ou mental estão prejudicados de várias formas, nas quais a linguagem e outros aspectos do desenvolvimento cognitivo estejam dissociados” torna-se possível demonstrar a independência lógica do sistema cognitivo e linguístico.

Aqui não falaremos das alterações de linguagem nas deficiências auditivas, cognitivas, mentais, motoras e neurológicas, mas, quando analisamos os aspectos da linguagem nessas deficiências, pode-se observar que a linguagem pode se manter, em maior ou menor grau, independente dos aspectos cognitivos.

Vimos que, na concepção de Vygotsky, as atividades mentais e de comunicação humana são sociais e dialógicas em sua gênese, estrutura e funcionamento.

Para ele, o desenvolvimento humano se dá nas trocas entre parceiros sociais, por meio de processos de interação e mediação. Os fatores sociais, de acordo com Vygotsky, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento intelectual.

Quando o conhecimento existente na cultura é internalizado pelas crianças, as funções e as habilidades intelectuais são provocadas para o desenvolvimento deste conhecimento; este aprendizado leva ao desenvolvimento, tornando-se um círculo que leva ao desenvolvimento contínuo.

A aprendizagem é o processo pelo qual o sujeito adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc., a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente e com o outro, possibilitando o despertar de processos internos do sujeito.

É na troca com o outro e consigo mesmo que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação do conhecimento e da própria consciência – a troca com o outro é feita por meio da linguagem.

Vygotsky aponta uma relação interna (de constitutividade) entre cognição e linguagem, e como nos traz Morato (2000) “o que coloca Vygtosky entre os que entendem que a relação entre linguagem e cognição (e não apenas ‘pensamento’) passa pela noção de significação (e não propriamente pela noção de comunicação ou pela de representação).”

Então, poderíamos dizer: LINGUAGEM > TROCA COM O OUTRO > AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES/CONHECIMENTOS > TROCA COM O OUTRO > POR MEIO DA LINGUAGEM – portanto, linguagem e cognição caminham lado a lado e se entrelaçam em determinados momentos. O sujeito precisa da linguagem para desenvolver, precisa do conhecimento para se expressar, e a expressão desse conhecimento se dá por intermédio da linguagem. Existe uma interdependência entre cognição e linguagem.

Existem períodos críticos para o desenvolvimento da linguagem?

A maioria dos autores concorda que os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento da linguagem, e de que se algum fator interferir na aquisição da linguagem neste período, “é possível não poder recuperar posteriormente o déficit de linguagem, mesmo que o fator causador deste seja retirado” (MOGFORD & BISHOP, 2002, p. 24-25).

É o que pode se observar no filme “A maçã”, em que as gêmeas, após anos e anos trancafiadas, apresentaram um déficit de linguagem muito grande. Podemos observar que casos de isolamento e negligência (como no filme), privações – não só alimentar, mas social, emocional e de estimulação no início da vida – podem interferir e muito na aquisição e desenvolvimento da linguagem.

Esses quadros poderão ser revertidos com a terapia, com estimulação? Alguns, os autores afirmam, dependendo da idade em que esse processo terapêutico/estimulação tem início.

Quanto mais tarde, mais difícil recuperar o tempo perdido. Os aspectos de plasticidade na representação neurológica da linguagem diminuem com a idade, “de forma que a probabilidade de permanecerem deficiências linguísticas após uma lesão de hemisfério esquerdo aumentar com a idade.”

Explicação:

DND

OBS; FIQUEI HRS LENDO ALGUNS ARTIGOS MAS N IMPORTA SO IMPORTA SE VC GOSTOU DO ARTIGO

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