Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
A valorizar a interferência divina nos acontecimentos
definidores do seu tempo. B rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. C afirmar a confiança na razão autônoma como
fundamento da ação humana. D romper com a tradição que valorizava o passado
como fonte de aprendizagem. E redefinir a ação política com base na unidade entre
fé e razão.
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Maquiavel mostra o início/princípio básico defendido pelos renascentistas que era a utilização da razão como instrumento essencial para compreender o universo e a natureza. Nessa caso aí, é a letra C.
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