Não há Vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
1. Explique a concordância do verbo no título do poema “Não há vagas” com base nas regras estudadas
2. No poema, há cinco ocorrências do verbo “caber” e em uma delas, a concordância está feita em desacordo com as regras estudadas. Sinalize o trecho do poema em que isso ocorre e comente esta diferença.
Soluções para a tarefa
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1. Vagas está no plural, isso indica que o verbo deveria estar, mas o verbo haver no sentido de existir é impessoal, não varia.
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
2. Nesse trecho o verbo deveria estar no plural para concordar com o homem, a mulher e a fruta.
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
2. Nesse trecho o verbo deveria estar no plural para concordar com o homem, a mulher e a fruta.
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