"Não há nada mais saquarema do que um luzia no poder".
A frase de Holanda Cavalcanti, referindo-se a atuação dos partidos Liberal e Conservador durante o segundo Reinado, pode ser interpretada da seguinte forma:
A)O imperador com reduzidos poderes ficava à mercê dos conflitos entre os partidos Liberal e Conservador.
B)Durante o governo do Marquês de Paraná, de 1853 a 1858, acirraram-se as disputas entre os partidos, dificultando o Sistema Parlamentarista.
C)Não havia possibilidade de conciliação entre ambos, em virtude de representarem segmentos e interesses divergentes
D)Eram mínimas as diferenças entre o partido conservador e o partido liberal, o interesses comuns dos dois grupos falaram mais alto e estes passaram a se revezar no governo durante o Segundo Reinado
Soluções para a tarefa
Resposta: letra d)
Nada se assemelha mais a um “saquarema” do que um “luzia” no poder. A frase do político pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque demonstra como a política partidária da elite do Brasil ocorreu no Segundo Reinado. Saquarema e luzia eram as alcunhas dadas aos membros dos partidos Conservador e Liberal, respectivamente.
Os Conservadores eram conhecidos por saquaremas pelo fato de vários de seus membros residirem no município fluminense de Saquarema, que passou a ser também local de reuniões do partido.
A fala de Holanda Cavalcanti mostra que os dois partidos eram essencialmente iguais, pois concordavam com a manutenção da monarquia e da escravidão do Brasil. A origem dos dois partidos é comum, já que surgiram a partir do antigo “Partido Liberal” que existiu até a Regência de Diogo Feijó, quando houve a cisão entre os regressistas e os progressistas. Mas havia diferenças que eram apresentadas quando um ou outro se encontrava no poder.
A resposta correta é a D. Durante o Segundo Reinado (1840-1889) havia dois partidos dominantes, os liberais (“luzias”) e os conservadores (saquaremas”). O texto deixa claro que os interesses em comum faziam com que entrassem em acordo quando necessário para a manutenção do poder.
A política do Segundo Reinado era regulamentada pela Constituição de 1824, aprovada por D. Pedro I, e que estabeleceu o Poder Moderador, aquele que centralizava todo o poder político na figura do Imperador.
O Brasil era uma monarquia parlamentarista, mas o alcance das interferências de D. Pedro II no Executivo, no Legislativo e no Judiciário fazia com que a forma de governo fosse apenas de fachada e ficou conhecida como “parlamentarismo às avessas”.
Política do Segundo Reinado
Começou em 1840 com o Golpe da Maioridade. D. Pedro II tinha 14 anos e não poderia governar segundo a Constituição. Porém, devido à instabilidade política do período Regencial (1831-1840), os políticos liberais apoiaram o golpe que o colocou no poder.
Essa atitude demonstrou a iniciativa e o poder do partido liberal, que defendia a descentralização do governo e maior autonomia nas províncias.
Contudo, de acordo com os interesses do momento, tanto os conservadores quanto os liberais negociavam votos e posições no Congresso.
Essa disputa causava problemas internos no país, que vivia em constantes crises políticas e econômicas. Reflexo disso são as diversas revoltas que se espalharam pelas províncias desde o período Regencial, que mostraram a insatisfação popular com a condução do país.
Sobre o Segundo Reinado, confira: https://brainly.com.br/tarefa/11244628
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