Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões, São Paulo: Abril Cultural, 1984.
1. A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo de reflexão filosófica sobre a(s): *
1 ponto
a) essência da ética cristã.
b) natureza universal da tradição.
c) certezas inabaláveis da experiência.
d) abrangência da compreensão humana
e) interpretações da realidade circundante.
(ENEM 2015) Se os nossos adversários, que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas considerações estão certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males, pois sendo Ele fonte suprema de Bondade, nunca poderia ter criado aquilo que é contrário à sua natureza.
AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
2. Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque: *
1 ponto
a) o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
b) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.
c) Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
e) Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o mal.
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1. A questão da eternidade para Agostinho, é um exemplo de reflexão filosófica sobre a:
d) abrangência da compreensão humana
Agostinho reflete sobre a problemática do tempo, da eternidade divina e da dificuldade humana de compreender a eternidade como um eterno presente, que contém em si mesmo o presente, o pretérito e o futuro e que não pode ser alcançada pela razão.
2. Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque:
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
Para Agostinho, o mal não tem autor, pois o mal não é uma coisa, mas a ausência de uma coisa: o mal é a ausência do bem. Deus, sendo a plena bondade, não poderia jamais produzir o seu contrário.
Bons estudos!
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