Nada mais cristalino que o exemplo da paisagem pela janela: se a abrirmos e fecharmos imediatamente, não conseguiremos perceber nada do que vimos, e entretanto vimos, indubitavelmente, todos os elementos que a compunham [...]. Só podemos nos apropriar da paisagem se conseguimos reproduzi-la em sua ausência: o pintor, versado nesta arte, está mais apto a fazer um esboço do que viu do que nós estaríamos. Não que seus olhos sejam mais capazes que os nossos, mas é que ele está mais acostumado a, ante a visão de um quadro, dispor seus elementos relacionalmente.
SILVA, Lourenço Fernandes Neto. O animal em Condillac ou as reinvenções do humano. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015, p. 50.
Pode-se afirmar que autores como John Locke, com a sua ideia de mente como tábula rasa, ou papel em branco, e Condillac, ao rejeitarem a tese das ideias inatas, defendem que
(A)
a fonte mais segura para o conhecimento são os sentidos, dos quais as ideias e os pensamentos serão gerados.
(B)
não é possível obter conhecimento seguro do mundo, uma vez que as ideias inatas são limitadas.
(C)
a verdade do conhecimento depende apenas das formas de representação pelas quais o conteúdo sensível apreendido será organizado.
(D)
o conhecimento depende, unicamente, do processo de interiorização do sujeito, que deve desvendar os elementos indubitáveis de sua razão.
(E)
o conhecimento depende da tomada de aprendizagem dos processos históricos que estiveram presentes no desenvolvimento da constituição do saber.
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Resposta:
(B)
não é possível obter conhecimento seguro do mundo, uma vez que as ideias inatas são limitadas.
Explicação:
Pois as idéias inatas são aquelas nascidas conosco, logo são limitadas.
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