História, perguntado por brunadtr, 9 meses atrás

Na sua opinião, por que a Inglaterra mantém uma monarquia até os dias de hoje?


URGENTE!!!​


CARAMBABA: valeu

Soluções para a tarefa

Respondido por CARAMBABA
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Resposta:

Por que a monarquia britânica sobrevive? – As aparências enganam!

No dia 9 de setembro de 2015, Elizabeth II, que ostenta os títulos de “Rainha pela Graça de Deus” e “Defensora da Fé”, venceu sua antepassada, Victoria, como a pessoa que mais tempo se demorou no trono britânico. Ocasião notável para os 19 países sobre os quais ela reina. Esse é o momento para nos perguntarmos: por que sobrevive a monarquia britânica em um mundo inundado por ciência e tecnologia?

Para que serve a monarquia britânica? Andrew Marr, autor de uma biografia autorizada de Sua Majestade, “A Real Elizabeth”, publicada no Brasil pela editora Europa, escreveu nas primeiras páginas dessa obra: “A rainha representa a continuidade. Essa pode ser uma palavra fraca, mas quando se pergunta o que a rainha de fato representa, ‘continuidade’ é a palavra mais comumente usada por outros membros da família real, por primeiros-ministros, arcebispos e funcionários públicos experientes. ” (pág. 27). Se o jornalista tivesse feito a mesma pergunta a gente do povo, desde garçonetes oriundas das ex-colônias aos cientistas que desempenham pesquisas em Cambridge, “continuidade” continuaria sendo a palavra mais citada. Sem dúvida, há um efeito psicológico nada desprezível na consciência de milhões de pessoas que, apesar das mudanças nas políticas públicas orquestradas por uma sucessão de primeiros-ministros, veem sempre, ano após ano, o rosto da mesma mulher nas cédulas (no Reino Unido, ainda se usam no dinheiro retratos da jovem Elizabeth, recém-coroada, enquanto no Canadá os retratos acompanharam o desenvolvimento do rosto da rainha em suas seis décadas de reinado). Em meio aos vendavais da política, algo sempre se mantém. David Cameron disse que ela é “uma rocha de estabilidade num mundo em mudança”.

Mais: há vantagens econômicas e culturais na manutenção da monarquia. Os 19 países são independentes da porta para dentro, mas o trânsito de pessoas e mercadorias é facilitada entre os países que cantam “God Save The Queen”. Um australiano pode emigrar para a Escócia, por exemplo, sem as mesmas preocupações que um brasileiro teria quanto a visto, green card, etc. Tanto assim que, nos anos 80, quando um partido de esquerda tomou o poder pelo método das armas em Grenada (ou Granada, como se diz em Português), uma ilha localizada ao Norte da Venezuela, e estreitou relações com Cuba, o novo governo não temeu um bloqueio econômico, pois o trono lhe garantia o fácil comércio com os outros reinos. A experiência esquerdista terminou quando tropas dos EUA, aliadas ao governo do reino-irmão da Jamaica, invadiram o país e depuseram os socialistas. Há os jogos do Commonwealth (competição esportiva entre países que foram colônias britânicas, incluindo repúblicas como a Índia e a África do Sul) e a Medalha de Ouro da Poesia, que a Rainha concede anualmente a algum poeta nascido em um dos seus 19 reinos.

Elizabeth II é a liderança máxima da Igreja Anglicana. E os primeiros-ministros britânicos precisam, por lei, serem membros dessa igreja, pois participam da escolha do arcebispo de Canterbury (o sumo-sacerdote anglicano), conforme me explicou o bispo anglicano no Rio de Janeiro, Dom Filadelfo Oliveira, a quem conheci numa passeata em Copacabana protestando contra o então presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano. Mas o governador-geral da Jamaica, Sir Patrick Allen, que cumpre as tarefas que a Rainha cumpriria se morasse em Kigston, é presidente da Igreja adventista naquela ilha.

Sim, no fundo, no fundo, o Reino Unido é uma teocracia! Mas não parece. Enquanto isso, o Brasil é um Estado laico. Mas não parece. Querem conferir? Em 1967, Elizabeth II sancionou a legalização do aborto. Aqui no Brasil, há faniquitos no Parlamento toda vez que alguém fala em dar às mulheres pobres o direito de interromper a gravidez em segurança (para as ricas, a proibição não faz diferença alguma). Na época em que o aborto se tornou legal na Grã-Bretanha nem divórcio tínhamos no Brasil, pois o Parlamento só teve coragem de contrariar as pressões dos religiosos em 1977 – e, ao contrário do que diziam os puritanos, a família não acabou por causa disso.

Em 29 de março de 2014, a Defensora da Fé sancionou a lei que permite que pessoas do mesmo sexo se casem (antes disso, a Igreja Anglicana já tinha ordenado um bispo declaradamente homossexual. Confiram no Youtube o documentário “Porque a Bíblia me Diz Assim“). Aqui, só conseguimos esse direito por intermédio do STF, porque a história do Parlamento brasileiro é uma história de acovardamento diante das ameaças das igrejas.

Respondido por ninguemp9
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porque o povo não se adaptou às novas leis.

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