Saúde, perguntado por eduardaoliveira16022, 4 meses atrás

na sua opinião o que falta para que o SUS seja referência mundial em qualidade e não só em quantidade de atendidos

Soluções para a tarefa

Respondido por bszampieri
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1. Motivando o aumento de produtividade da equipe

O Brasil tem uma média de dois médicos para cada mil habitantes, proporção bem abaixo do ideal, sem falar da distribuição irregular dos profissionais pelo território nacional. Outro problema é a remuneração inferior à da rede privada, que afasta os médicos de excelência do SUS. Além disso, também faltam incentivos que estimulem a participação ativa de médicos, enfermeiros, radiologistas, entre outros profissionais.

Nesse caso, algumas medidas podem ser tomadas para melhorar a produtividade dos profissionais da saúde e também para aumentar a motivação, como, por exemplo, estabelecer metas qualitativas e quantitativas em conjunto com o time e oferecer gratificações por desempenho com base nos resultados.

2. Minimizando falhas de gestão com profissionais capacitados

De acordo com um estudo realizado pelo TCU, problemas como a falta de remédios em hospitais públicos não estão relacionados à ausência de recursos. O que acontece, na maior parte dos casos, são falhas na gestão.

É importante que os profissionais responsáveis pelo gerenciamento de processos tenham experiência não somente na área da saúde, mas também em gestão e em funções administrativas. Também é necessário o acompanhamento de perto, cobrando resultados efetivos e o cumprimento das metas estabelecidas.

Outra solução para minimizar essas falhas são os recursos tecnológicos, como o sistema de gerenciamento de Saúde da Betha. Ele permite acesso a informações sobre as unidades gerenciadas, com diferentes indicadores sobre o município, facilitando a visualização de informações, a tomada de decisões e a gestão como um todo.

3. Otimizando o atendimento em prontos-socorros

A questão aqui é a atenção primária, também chamada de prioritária. Esse atendimento é fundamental para reduzir a pressão sobre os prontos-socorros e hospitais da rede pública. Segundo uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina, o atendimento em prontos-socorros tem um grau de dificuldade intermediário em relação ao acesso do serviço.

Instalar uma cultura de prevenção pode evitar a pressão sobre esse tipo de atendimento. Já existem propostas como mutirões de vacinação, orientações para prevenção de doenças, Programa Saúde da Família, Programa Remédio em Casa e acompanhamento psicossocial.

Outra forma de otimizar o atendimento nos prontos-socorros é oferecendo à população um aplicativo móvel, onde o usuário tem acesso aos seus agendamentos, atendimentos, medicamentos receitados e exames realizados pelos estabelecimentos de saúde do SUS. Assim, a demanda pelo atendimento presencial é diminuída e os profissionais conseguem otimizar e priorizar seus atendimentos de forma adequada.

4. Diminuindo a espera na recepção

Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha no estado de São Paulo, mais de 30% dos entrevistados estavam na fila do SUS para a marcação de uma consulta, realização de algum procedimento ou tinham um familiar nessa situação. O tempo de espera médio para 47% dos entrevistados era de até 6 meses. Apenas 24% conseguiram ser atendidos em menos de um mês e 29% esperaram mais de 6 meses.

A informatização da rede para um sistema de gestão hospitalar é uma boa solução para esse problema. A coleta de dados por meio de prontuários eletrônicos reduz o consumo de materiais de escritório e aumenta a velocidade do atendimento, além de diminuir a chance de erros. Essa ficha informatizada disponibiliza aos profissionais exames, diagnósticos, internações e dados que ajudam em futuros tratamentos, com a possibilidade de serem acessados em qualquer lugar.

5. Capacitando os profissionais

Entendemos, então, que um dos maiores desafios da saúde pública brasileira é formar profissionais capacitados, que sintam a necessidade de construir uma carreira e que atendam as competências necessárias para atuar no atendimento públicode saúde.

Além da remuneração ser inferior à da rede privada, falta, ainda, uma política de gestão com foco no reconhecimento desses profissionais. Toda essa situação acaba afastando futuros candidatos às vagas. No entanto, esse desafio pode ser combatido a partir de algumas ações.

Uma maneira de reverter esse cenário é redesenhando os planos de carreira e os salários. Essa mudança certamente mudaria o perfil dos profissionais da área de saúde que se inscrevem em concursos e, consequentemente, todo o setor se beneficiaria com uma equipe médica mais capacitada e motivada nos hospitais e prontos-socorros.

Outra forma seria pensar em possibilidades do poder público amparar financeiramente a participação dos profissionais em cursos, programas e treinamentos de capacitação. Assim, o resultado na elevação do nível técnico da equipe e na motivação de todos com o trabalho também seria mais visível.

Isso também é válido para os servidores da área administrativa, que precisam de treinamento específico para melhor atender a população.

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