Sociologia, perguntado por daninharodri, 11 meses atrás

Na sociedade o que pode influenciar um indivíduo?

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Respondido por anncavelagna
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Resposta:

Explicação

Kant escreve que a formação moral não é coisa tão fácil assim de ser garantida. Ser “moral” implica em pensar no outro, em qualquer ser. O indivíduo tem que ter vontade: querer, racionalizar além do próprio "eu“, às vezes, em perder vantagens imediatas, tudo baseado num princípio formalista, o que interessa é o respeito à própria lei moral, e não interesses, fins ou consequências de um ato ou do próprio eu. A vida moral integra o conjunto da existência de instância globalizadora da pessoa moral, na unificação da vida com o conjunto da existência pessoal mediante a relação do “ethos” ou caráter moral. Sendo assim, as diversas instituições de nossa sociedade, (os fatores reais de poder), tais como a família, as escolas, as igrejas e os governos,  fazem parte da formação moral do indivíduo. A dramática instabilidade de nosso sistema de valores, do mundo e da sociedade altamente globalizada, o dilema da necessidade premente de ter, vencer e ultrapassar os limites do humano, que leva o indivíduo para   absurda violência (à hubris),  perante si e os demais humanos ou a ajustar-se às condições humanas de sobrevivência (BERGERET,1990). A não – reação, a não – resistência, a vulgarização da violência, das drogas, do álcool, sexo e outros fatores, que fazem da vida uma forma banalizada, criada através das relações múltiplas e ilimitadas dentro da sociedade capitalista, que alteram as regras básicas de convivência social. O indivíduo encontra a ideia de que continuar a viver torna valor central que se encontra drasticamente ameaçado, e tenta de todas as formas se incluir na sociedade e ser aceito, sobrevivendo seja em meio e a favor da violência para sustentar qualquer de suas necessidades.  

As instituições, com sua grande parcela sobre a formação humana, sendo que é na família juntamente com a infância, regrada por hábitos, que se inicia a consolidação do aprendizado dentre as relações familiares, embasado nos princípios básicos que regem toda a formação estrutural da moral e ética do indivíduo. Variadas instituições também podem influenciar no desvio da conduta do "eu”, uma vez que elas já traçam um modelo padrão já pronto a seguir.  Através de uma visão sócio-histórica é possível constatar uma mudança de costumes e valores associados às dramáticas transformações da vida urbana. A realização proposta por nossa sociedade só pode ser de aspecto material, pois o afeto verdadeiro não pode ser adquirido nem substituído na velocidade em que nossos tempos preconizam. A expansão da cultura moderna modificou de forma drástica as nossas relações familiares e sociais. Estamos perdendo o senso de responsabilidade compartilhada no campo social e o de vinculação nas relações interpessoais.  Esses aspectos estenderam-se de tal forma, que hoje vemos uma rotina degradada e corroída pela violência, cujas consequências trazem o excesso que tende a se cristalizar com a brutalidade de atos, difícil de ser controlada.

Se o indivíduo não segue o modelo “já pronto” posto pela sociedade ou instituições por exemplos: pessoas sem vícios de drogas, álcool, fumo, não ser obeso, ter pele clara  etc. Esses padrões não são apenas consequência de uma estrutura genética da espécie, mas do compartilhamento de experiências simbólicas familiares, do ambiente em que vive, ou da formação da  própria individualidade humana.  O indivíduo adquire uma cultura formada pelo individualismo e o desejo de conseguir bem-estar material ou sentimental a qualquer custo. A desestruturação vivida em nosso tempo demonstra que as tradições que tornam possíveis a sociedade, já não possuem a fidelidade dos valores básicos que representam a honestidade, a reciprocidade e as responsabilidades com os demais, caem em total descrédito. A sociedade passa por um processo de desencantamento, isto é, de certo distanciamento em relações aos valores éticos transcendentais.

A crise de valores são  relacionadas  com o  processo de modernização em nossa sociedade que gera diversas  espécies de violências  e preconceitos, formas de bullying, homofobia etc. A expectativa é de que 32 mil adolescentes sejam mortos por violência letal (homicídios, suicídios e acidentes) nos municípios  brasileiros  com mais  de 100 mil moradores, se as condições  que prevaleciam em 2008 não melhorarem. (TAVARES, 2012, p.17).  O bullying é definido como uma palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e colocá-la sob tensão, ou ainda, desprezar, denegrir, violentar, agredir, destruir a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida; termo que conceitua os comportamentos agressivos e antissociais, utilizado pela literatura psicológica anglo-saxônica nos estudos sobre a violência escolar (FANTE, 2005 p.27).  As práticas de bullying colidem frontalmente com os direitos fundamentais previstos no artigo 5° da Constituição Federal de 1988``:

Respondido por monicacerqueiracerqu
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