Na sociedade em que vivemos ter informação é ter o poder em mãos, por isso, cada dia mais empresas querem ter acesso às tecnologias de Big Data. No entanto, esse interesse não é apenas estratégia de negócio para fabricantes e montadoras, por exemplo. Até a indústria do entretenimento tem experimentado seu alcance. Veja a reportagem a seguir.
Com big data; hábitos do público guiam web séries
Produtoras e canais de conteúdo online cada vez mais usam informações sobre comportamento dos espectadores na internet para apoiar decisões criativas e comerciais
Primeira produção original do serviço de streaming Hulu (concorrente do Netflix indisponível no Brasil), a série adolescente East Los High leva à risca o que dizem sobre ela e o modo como a veem. Todos os dias, em tempo real, cada “play”, “pause”, download pirata, comentário em rede social ou burburinho sobre o programa vai para o “baú” de dados da série. O cruzamento dessas informações (ou big data analytics, na linguagem da tecnologia) fornece o que, na indústria do entretenimento, hoje vale mais que ouro: conhecer a fundo um público.
O fato de a série ser exibida online tem papel importante nessa tarefa. Depois de analisar a forma como os espectadores viram 24 episódios da primeira temporada e 12 da segunda, a série East Los High percebeu, por exemplo, que deveria incluir mais mistérios não resolvidos e entradas surpreendentes de novos personagens. Como resultado, aumentou o número de pessoas que veem os episódios em sequência, um atrás do outro (prática conhecida como “binge-watching”).
[...]O Netflix foi o pioneiro no “tratamento” de dados, ao sugerir ao usuário filmes semelhantes aos que ele já tinha visto. Hoje, ao mesmo tempo em que usa algoritmos para fazer recomendações baseadas nas suas preferências e na de seus amigos (são 230 bilhões de recomendações geradas por dia em nível mundial), a empresa também os usa na hora de decidir o quanto pagar pelas produções originais. “Se estamos em negociação com algum estúdio, tratamos de predizer quanta gente vai ver esse conteúdo e, baseado nisso, a gente vê se o dinheiro faz sentido ou não”, disse ao Estado Carlos Gomez-Uribe, vice-presidente de algoritmos da Netflix.
Além disso, foi analisando o alto índice de binge-watching das séries que ofertava em seu serviço que o Netflix decidiu jogar todos os 13 episódios de House of Cards no ar de uma vez só. Uma pesquisa da empresa divulgada em 2013 pelo Wall Street Journal revelou que quase metade dos usuários vê uma temporada de 13 capítulos em uma semana e 25% fazem o mesmo em dois dias.
Usar a enxurrada de dados online a seu favor, no entanto, é o desafio de qualquer serviço de streaming. “A questão não é só a quantidade de informação produzida”, diz Eduardo Francisco, professor do mestrado profissional em comportamento do consumidor da ESPM. “É preciso tomar as decisões em meio a um grande volume de dados e em um curto espaço de tempo.”
[...] Grandes operadoras de TV a cabo, emissoras de TV com forte presença online, serviços de streaming de música e até estabelecimentos físicos (como o parque da Disney) também estão investindo pesadamente na árdua tarefa de extrair valor das migalhas de informações deixadas por seus consumidores. Suas descobertas, no entanto, raramente vêm ao público – por questões estratégicas ou para evitar que o usuário assuste ao se dar conta de que é “vigiado”.
Em comum, todas essas empresas têm a seu favor dois grandes facilitadores dessa nova era digital: o acesso à internet e o crescimento do uso dos smartphones, os quais devem alcançar 2 bilhões de usuários em 2016.
O consumo de dados em múltiplas plataformas, portanto, tende a explodir. A questão será o que fazer com tantos dados em mãos.
Redação Link. Disponível em: . Acesso em: 17abr. 2017.
Interpretando a reportagem em profundidade podemos dizer que:
I. Big Data pode fornecer informações sobre preferências e comportamentos do usuário/público.
II. Segundo especialista, para que as informações sejam relevantes como estratégia de negócio, empresas precisam saber lidas com esses dados.
III. No entanto, uso de smartphone dificulta o acesso por parte das empresas a esses tipos de dados pessoais do usuário.
Assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
a. As afirmativas I, II e III estão corretas.
b. Apenas a afirmativa II está correta.
c. Apenas a afirmativa III está correta.
d. Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e. Somente as afirmativas I e II estão corretas.
bhzbaraka:
e. Somente as afirmativas I e II estão corretas. Correto
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e. Somente as afirmativas I e II estão corretas. Correto
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Correta pelo AVA: Somente as afirmativas I e II estão corretas.
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