Biologia, perguntado por miriansilveirarp1, 10 meses atrás

Na reprodução assexuada os novos indivíduos gerados são geneticamente iguais, já na reprodução sexuais isso não acontece. Por quê?

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Respondido por analouisy50
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A reprodução assexuada é um tipo de reprodução que ocorre sem a conjugação de material genético. Existe um único progenitor que se divide por mitose. Os seres provenientes deste tipo de reprodução são geneticamente iguais ao organismo que os originou (a não ser que haja mutações) e são denominados clones. Assim que ocorre maturação dos clones estes passam a ter capacidade de produzir cópias de si próprios.

A reprodução assexuada existe em bactérias, um termo grego, eucariotas unicelulares e em vários filos de invertebrados, contudo não está presente nos vertebrados. Este tipo de reprodução possui vantagens adaptativas: rapidez – num curto espaço de tempo ocorre um acentuado aumento da população; simplicidade – não há gastos de tempo e energia na procura de um parceiro; homogeneidade – muitos indivíduos com características iguais. Contudo, os organismos que se reproduzem assexuadamente, possuem pouca variabilidade genética, pelo que se o biótopo se alterar, as populações poderão ser afectadas (devido à fraca capacidade adaptativa), podendo levar à sua extinção naquele local.

Entre os animais, um dos exemplos mais conhecidos é o da estrela-do-mar que, ao perder um dos braços, pode regenerar os restantes, formando-se uma nova estrela-do-mar do braço seccionado. Nas plantas a reprodução assexuada é também frequente, utilizando-se esta capacidade reprodutiva na agricultura. Por exemplo, as laranjas Bahia (sem sementes) provêm todas do mesmo clone (considerando clone o conjunto de todos os seres geneticamente idênticos, provenientes de um mesmo ser vivo), a partir de uma laranjeira mutante aparecida na região da Bahia no Brasil. Efectivamente, esta árvore, ao não produzir sementes só se pode reproduzir por enxerto ou estaca.

Tipos de reprodução assexuada

Há vários tipos de reprodução assexuada:

Fragmentação - o organismo fragmenta-se espontaneamente ou por acidente e cada fragmento desenvolve-se originando um novo ser vivo[1]. (ex: algas, estrela-do-mar)

Divisão ou Fissão múltipla – o núcleo da célula-mãe divide-se em vários núcleos. Cada núcleo rodeia-se de uma porção de citoplasma e de uma membrana, dando origem às células-filhas que são libertadas quando a membrana da célula-mãe se rompe.

Partenogénese - processo através do qual um óvulo se desenvolve originando um novo organismo, sem ter havido fecundação. (ex: abelha, formiga, alguns peixes, alguns répteis, alguns anfíbios)

Bipartição ou fissão binária ou cissiparidade (cissiparidade usado apenas para seres unicelulares) - um indivíduo divide-se em dois com dimensões sensivelmente iguais. (ex: ameba, planária, paramécias)

Esporulação - formação de células reprodutoras - os esporos - que, ao germinarem, originam novos indivíduos. (ex: fungos)

Estrobilização - formação de estróbilos que dão origem a novos seres (ex: Águas-vivas) da Classe Scyphozoa

Multiplicação vegetativa - nas plantas, as estruturas vegetativas, raízes, caules ou folhas, por vezes modificadas, originam, por diferenciação, novos indivíduos.(ex: cenouras (raízes), batateira (tubérculo), fetos (rizoma), Bryophyllum (folha).

Apomixia - produção de sementes sem fecundação dos óvulos.

Brotamento ou gemiparidade-Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e depois de um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente. Podemos citar como exemplos de organismos que se reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até certas plantas.




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