Português, perguntado por hadassastronger, 9 meses atrás

na reportagem Crianças chefes de família, por que,a respeito da comemoração da maioridade do ECA, a reportagem diz que ''o brasileiro tem poucas conquistas para celebrar''?

Soluções para a tarefa

Respondido por isadoraios27
7

ESPERO TER AJUDADO!

BONS ESTUDOS

Anexos:

hadassastronger: pera q esplica pfvvvv
Respondido por yuri14rodrigues
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Nesta reportagem, temos que o autor colocou que a população brasileira possui poucas conquistas para celebrar porque o trabalho infantil segundo as pesquisas feitas pelo "Comanda", temos que o trabalho infantil doméstico ou crianças em situações de rua tem aumentado.

Interpretação da reportagem

Segundo este texto noticiário, temos que mesmo com a maioridade estabelecida no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) outras questões ainda estão acontecendo no Brasil.

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente indicou que ainda existem muitas crianças que moram nas ruas e tem condições de vida que não são adequadas.

Veja o texto completo aqui:

A maioria trabalha nas ruas vende produtos de pequeno valor, separa material reciclável, é flanelinha ou engraxate

As costas doem e os pés descalços latejam de frio. Mesmo assim, Luciana, 13 anos, e Moisés, 8, andam entre os carros de uma movimentada avenida na zona sul de São Paulo. Nas mãos enrijecidas pelo vento gelado, os irmãos carregam caixas com gomas de mascar, que vendem a R$ 0,10 cada. Por trás dos vidros fechados, a maioria dos motoristas ignora a presença das duas crianças, que migram para as calçadas do Largo 13, região popular do bairro de Santo Amaro. Ali oferecem sua mercadoria aos passantes que transitam entre lojas, bares e restaurantes, também sem sucesso. O trabalho na rua, apesar de difícil e ilegal, pois é vetado para menores de 16 anos, é a única alternativa para Luciana e Moisés. Com o pai e a avó materna encarcerados e a mãe desempregada, a dupla é responsável pela renda da família, cerca de R$ 450 mensais. Sua lida diária é o retrato da dura realidade de 662 mil jovens entre 15 e 19 anos e de outras 132 mil crianças entre 10 e 14 anos que são arrimo de família, segundo dados preliminares do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano em que se comemora a maioridade do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 1990, o brasileiro tem poucas conquistas para celebrar. O trabalho infantil de exploração ou trabalho escravo tem diminuído com o crescimento das denúncias e a atuação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), diz o advogado Ariel de Castro Alves, vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Porém, o trabalho infantil doméstico ou em situação de rua tem aumentado. De acordo com pesquisa realizada em 2010 pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e pelo Instituto do Desenvolvimento Sustentável (Idest), a maioria das crianças em situação de rua vive com os pais. Do total de 23.973 jovens entrevistados em 75 cidades brasileiras, 59,1% moram com a família e 65% exercem alguma atividade remunerada nas ruas 4,1% atuam como engraxates, 16,6% separam material reciclável, 19,7% se definem como flanelinhas e 39,4% vendem produtos de pequeno valor, como Luciana e Moisés. Os dois começaram a trabalhar há quatro anos. Na época, a mãe deles, Patrícia, aconselhada por uma vizinha, levou os filhos para pedir esmolas e vender chicletes numa feira livre. Voltou para casa com R$ 40 no bolso. No começo senti muita vergonha de pedir dinheiro, mas depois me acostumei, conta Luciana. Só que, se vejo alguém conhecido na rua, saio correndo para me esconder, diz a menina, revelando quanto sua condição ainda a constrange.

Luciana e Moisés são moradores do Jardim Aracati, bairro no extremo sul de São Paulo. Falta tudo no barraco onde vivem com a mãe e o irmão, Paulo Peterson, de seis meses. Luz, esgoto, água encanada e até comida parecem luxos inacessíveis. Não há nenhum brinquedo na casa. A diversão é restrita a brincadeiras nas ruas do bairro ou na hora do trabalho, quando eles encontram outros colegas que também vendem doces na rua. Geralmente, Luciana, Moisés, Patrícia e Peterson ficam nas ruas das nove horas da manhã às oito da noite. Às vezes, alguém se sensibiliza e oferece uma refeição. Nunca digo não, mesmo que já tenha comido antes, porque a comida que sobra a gente leva pra mãe e pro Peterson, conta Moisés, que não está estudando neste ano. Luciana está matriculada no ensino fundamental, mas pode perder a vaga, pois não comparece às aulas desde março. Não tenho mais vontade de ir pra escola, diz. Na sétima série, a menina não sabe ler. No horário em que deveria estudar, cuida da casa, dá banho no irmão caçula, dança funk com as amigas e assiste tevê na casa de uma vizinha. A pior lembrança de sua vida remonta à morte do irmão mais velho, Paulo, há três anos. Voltando de mais um dia de trabalho nas ruas, o garoto, com 13 anos na época, morreu ao ser atropelado por um ônibus.

Veja mais sobre o ECA em

https://brainly.com.br/tarefa/47561110

#SPJ2

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