Na oralidade, qual é a locução verbal que utilizamos para fazer o pretérito mais-que-perfeito? Qual é a diferença entre esses dois usos?
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Resposta:
Explicação:
Por que o pretérito mais-que-perfeito tem esse nome? Seria porque ele é mais perfeito do que os outros? A resposta é não. O pretérito mais-que-perfeito é mais-que-perfeito porque indica uma ação do passado que aconteceu antes do pretérito perfeito. No pretérito perfeito, a ação acontece em um momento determinado do passado. Observe os exemplos:
A bola entrou quando o árbitro apitou. (pretérito perfeito)
Quando o árbitro apitou, a bola já entrara. (pretérito mais-que-perfeito = a bola já havia entrado).
Quando a professora começou a explicação, Ana chegou. (pretérito perfeito)
Quando Ana chegou, a professora já começara a explicação. (pretérito mais-que-perfeito = já havia começado).
O pretérito perfeito indica um momento determinado do passado: “... o árbitro apitou”.
O pretérito mais-que-perfeito indica um momento antes do pretérito perfeito: “... a bola já entrara.”
Observe um exemplo do uso do pretérito mais-que-perfeito na letra da música “Super-Homem – A canção”:
... quem dera, pudesse todo homem compreender
Oh! Mãe, quem dera...
Minha porção mulher que até então se resguardara...
Resguardara, verbo retirado da letra da canção, pode ser substituído pela locução verbal “havia se resguardado”, e geralmente é o que fazemos na fala e na escrita. Você já observou que evitamos usar o pretérito mais-que-perfeito? Quando queremos nos referir a um tempo anterior ao pretérito perfeito, preferimos utilizar uma locução verbal correspondente e isso acontece porque ficamos em dúvida sobre como conjugar o verbo adequadamente. O uso do pretérito mais-que-perfeito costuma ficar restrito a textos formais, podemos frequentemente encontrá-lo também na linguagem literária. Espero que você tenha aprendido mais sobre esse tempo verbal tão peculiar!