Na obra Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, é traçado um perfil do brasileiro que: a) mostra sua cordialidade e sua solidariedade frente aos outros indivíduos em sociedade. b) mostra a religiosidade brasileira, que faz com que o indivíduo se mostre cordial e solidário. c) Mostra o desapego do brasileiro com as questões públicas mostrando sua total isonomia. d) mostra o caráter dissimulado de sua cordialidade, mostrando que a idéia do brasileiro cordial não passa de mera ficção.
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Dois ensaios dos anos 30 promoveram uma reinvenção intelectual da nação brasileira e contribuíram significativamente para construir a (auto)imagem até hoje associada ao país. A primeira destas obras é Casa-Grande & Senzala, de 19331, na qual Gilberto Freyre dissolve – ao menos em um plano discursivo – o dilema racial do Brasil. Contrariando as representações racistas dominantes à época, Freyre mostra que a miscigenação racial não era uma debilidade, e sim um sinal da grandeza do Brasil, já que a mestiçagem é justamente o que constituía a identidade nacional.
A segunda obra é o ensaio aqui apresentado, Raízes do Brasil2. Quando o livro foi publicado na então capital Rio de Janeiro, em 1936, o Brasil já era independente há mais de cem anos. A escravidão havia sido abolida em 1888, o país era uma república formal desde 1889 e apenas começava a se emancipar da dominação exercida pelas oligarquias agrárias. Com seu ensaio, Sérgio Buarque de Holanda buscava conceber um país livre dos caciques rurais e mostrar que caminho deveria ser trilhado pela antiga colônia para se converter em uma nação democrática e moderna3. No entanto, o livro não constitui apenas um projeto normativo, é também analítico. Para articular suas visões, Buarque de Holanda mergulhou profundamente na história brasileira e desenvolveu um diagnóstico sócio-histórico que transcendia enormemente as pesquisas conduzidas à época. É esta propriedade que faz do livro "um clássico de nascença"4. O ensaio oferece respostas concisas aos desafios analíticos e políticos de seu tempo, além de captar a tensão, na forma específica como se manifesta no Brasil, entre continuidade e mudança social numa perspectiva de longa duração.
As quase 30 edições de Raízes do Brasil lançadas até agora em português foram sucessivamente ampliadas e corrigidas pelo autor. O livro foi traduzido para o espanhol, o italiano, o francês, o japonês e o alemão; em 2012, foi publicada uma versão em inglês. A literatura secundária correspondente poderia preencher uma biblioteca inteira e até hoje os críticos têm discussões acaloradas sobre a interpretação correta de cada capítulo. Desde 2004 existe mesmo uma versão cinematográfica, por meio da qual o premiado diretor Nelson Pereira dos Santos quis prestar uma homenagem a Buarque de Holanda.
Como um livro de quase 80 anos de idade ainda é capaz de manter seu "frescor"5? Por que é capaz de arrebatar seus leitores como poucas obras de não ficção? Não existe uma resposta simples a estas perguntas. Certamente a biografia, a impressionante erudição e a força literária da escrita de Buarque de Holanda contribuíram para tal sucesso. Mas é o conteúdo propriamente dito de Raízes do Brasil que provoca tanto fascínio: trata-se de nada menos do que uma tentativa de superar a herança colonial.
A segunda obra é o ensaio aqui apresentado, Raízes do Brasil2. Quando o livro foi publicado na então capital Rio de Janeiro, em 1936, o Brasil já era independente há mais de cem anos. A escravidão havia sido abolida em 1888, o país era uma república formal desde 1889 e apenas começava a se emancipar da dominação exercida pelas oligarquias agrárias. Com seu ensaio, Sérgio Buarque de Holanda buscava conceber um país livre dos caciques rurais e mostrar que caminho deveria ser trilhado pela antiga colônia para se converter em uma nação democrática e moderna3. No entanto, o livro não constitui apenas um projeto normativo, é também analítico. Para articular suas visões, Buarque de Holanda mergulhou profundamente na história brasileira e desenvolveu um diagnóstico sócio-histórico que transcendia enormemente as pesquisas conduzidas à época. É esta propriedade que faz do livro "um clássico de nascença"4. O ensaio oferece respostas concisas aos desafios analíticos e políticos de seu tempo, além de captar a tensão, na forma específica como se manifesta no Brasil, entre continuidade e mudança social numa perspectiva de longa duração.
As quase 30 edições de Raízes do Brasil lançadas até agora em português foram sucessivamente ampliadas e corrigidas pelo autor. O livro foi traduzido para o espanhol, o italiano, o francês, o japonês e o alemão; em 2012, foi publicada uma versão em inglês. A literatura secundária correspondente poderia preencher uma biblioteca inteira e até hoje os críticos têm discussões acaloradas sobre a interpretação correta de cada capítulo. Desde 2004 existe mesmo uma versão cinematográfica, por meio da qual o premiado diretor Nelson Pereira dos Santos quis prestar uma homenagem a Buarque de Holanda.
Como um livro de quase 80 anos de idade ainda é capaz de manter seu "frescor"5? Por que é capaz de arrebatar seus leitores como poucas obras de não ficção? Não existe uma resposta simples a estas perguntas. Certamente a biografia, a impressionante erudição e a força literária da escrita de Buarque de Holanda contribuíram para tal sucesso. Mas é o conteúdo propriamente dito de Raízes do Brasil que provoca tanto fascínio: trata-se de nada menos do que uma tentativa de superar a herança colonial.
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Resposta:
A alternativa correta é a letra A (mostra sua cordialidade e sua solidariedade frente aos outros indivíduos em sociedade.).
Explicação:
Partindo deste ponto, podemos notar que, o Sérgio Buarque em Raízes do Brasil, mostrar que, a adjetivação do homem brasileiro como cordial teria sido colocada como uma característica do povo Brasileiro.
Deste modo, o autor destrinchou as causas desta cordialidade e a partir daí visou explicar como a cordialidade é enraizada no perfil do povo brasileiro, contribuindo assim, para todas os problemas que conviveram e ainda convivem com as relações sociais no Brasil.
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