História, perguntado por Pedroohhhh, 1 ano atrás

Na noite de 2 de dezembro de 1804, Napoleão coroou a si mesmo. Essa tarefa deveria ser do papa. O que Napoleão quis demostrar com essa atitude?

Soluções para a tarefa

Respondido por HykariAllyria
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Esse foi um gesto para demonstrar que em seu governo não haveria envolvimento com a igreja, ele pensava que como único chefe supremo ninguém além dele poderia tocar na coroa.

Respondido por rielisonssantos
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Ao longo da história da humanidade, muitas personalidades destacaram-se por seus feitos e transformaram-se em ídolos venerados por várias gerações. Nomes como Alexandre Magno, Júlio César, Otávio Augusto, Carlos Magno, entre outros, são emblemáticos por terem sido protagonistas de grandes acontecimentos da Idade Antiga. Quando tratamos da transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea, a grande figura que desponta é a de Napoleão Bonaparte, e por vários motivos. Talvez o principal deles tenha sido a construção de um organismo político que mudou o mundo ocidental, sepultando a estrutura do absolutismo monárquico.

Napoleão Bonaparte (1769-1821) era filho da aristocracia italiana da ilha de Córsega (onde nascera), região que, à época, estava sob o domínio da França. Como boa parte dos jovens aristocratas de sua época, Napoleão dedicou-se desde muito cedo à carreira militar na Escola Militar de Paris, especializando-se como oficial de artilharia. Ele conseguiu formar-se no ano de 1785. Quando eclodiu a revolução, em 1789, Napoleão passou a apoiar os revolucionários jacobinos e a se mostrar um habilidoso estrategista de batalhas. O primeiro grande feito militar ocorreu no início do Terror Jacobino, em 1792, no episódio conhecido como Cerco de Toulon, do qual foi comandante da artilharia.

Em 1794, quando a fase jacobina da revolução entrou em declínio, com a prisão e execução de seus principais líderes, Napoleão foi preso na cidade de Nice por estar a eles associado. Todavia, não ficou muito tempo encarcerado, haja vista que suas habilidades em estratégias de guerra tinham grande apreço pelos interessados na guerra contra a Áustria, que estava em curso em decorrência das ações revolucionárias. Nesse mesmo ano os monarquistas franceses, associados com a burguesia moderada, lutavam por dar fim à Convenção Nacional e início à fase do Diretório (que foi instalado no ano seguinte).

Nos cinco anos que se seguiriam, o desempenho militar de Napoleão em regiões como a Itália e o Egito deu a ele uma projeção enorme. Essa projeção contribuiu para que Bonaparte se tornasse cônsul em 1799, junto a Roger Ducos e Emmanuel Sieyès. Na fase do consulado, Napoleão começou a articular seu gênio bélico com habilidades administrativas, porém com posição política autoritária. Em 1804, Napoleão propôs, via plebiscito, a restituição do regime monárquico na França, sendo ele o primeiro imperador da Nação Francesa, isto é, da França encarada não como um Estado absolutista, mas como um Estado nacional e cidadão.

Napoleão tornou-se Imperador em 02 de dezembro de 1804, na catedral de Notre-Dame. Nessa ocasião, Napoleão, ao contrário do que era feito com os reis do absolutismo, autocoroou-se, isto é, não foi coroado pelo papa Pio VII, mas retirou das mãos deste a coroa que lhe era destinada e pôs na cabeça. Esse gesto simbólico deixava claro que o poder do imperador estava acima de qualquer outro.

Como imperador, Napoleão complementou muitas das ações de transformação radical do Estado francês. Executou as premissas do Código Napoleônico (que serviria de base para muitos códigos jurídicos nacionais posteriores), fez reformas de infraestrutura, reformas urbanas e incrementou o processo de industrialização francês. Além disso, deu prosseguimento às campanhas militares contras os países europeus onde ainda vigorava o regime absolutista. Seus principais inimigos foram a Áustria e a Rússia, sem contar a Inglaterra, que apoiava e dava defesa à integridade de países acossados pelo exército napoleônico (“Grande Armée”).

Contra a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental e promoveu a famosa batalha naval de Trafalgar, na qual foi derrotado pelas esquadras britânicas comandadas pelo Almirante Nelson. A recusa de Portugal de participar do Bloqueio Continental culminou na fuga da família real portuguesa para o Brasil – evento esse que recebeu a escolta da marinha inglesa.

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