Português, perguntado por freiregabriel054, 8 meses atrás

Na medida do possível
Terça-feira à noite, segunda semana de isolamento: vizinho da frente faz um show particular para os outros moradores do seu apartamento, cantando e tocando clássicos da MPB. Minha mãe pediu silêncio... para mim. Ela queria ouvir aquela novidade musical. Em um sábado de manhã, acordei ao som do violão de um repertório muito diversificado de outra vizinha. Não reclamei. Tive vontade de cantar junto. Pequenas mudanças nas nossas rotinas tão restritas são um afago nesses tempos frágeis de quarentena. Muitos profissionais tiveram que mudar seus hábitos para se encaixarem nesse quadro. Professores, com suas videoaulas, viraram editores, blogueiros, youtubers. Muitos pais reclamam que não aguentam mais os filhos em casa. A quarentena causa consequências grandes. E ela tem trazido o que há de mais egoísta em muita gente: a falta de solidariedade, de compreensão e de empatia. É exigido um êxito de produção no momento em que mais estamos suscetíveis a pirar. E, olha só, tem gente lutando para SOBREVIVER. Na medida do possível, com as adaptações que podemos fazer e com os recursos que nos são possíveis, vamos criando força para resistir a tudo isso. É difícil continuarmos as atividades profissionais com o mesmo vigor de antes, tendo conhecimento da tristeza que perpassa tanta gente. Mas tenho tentado, mesmo diante da incerteza quanto aos próximos meses, manter vivos alguns projetos e planos ainda que se configurem em sonhos acordados. Eles são um alento para que não deixemos de acreditar em dias melhores.
Tem a galera dos 36263478236478 cursos on-line. Se são gratuitos, então, melhor ainda. A busca por maior capacitação profissional e as tentativas de manter a mente ativa têm sido constantes. Não tive a concentração suficiente para fazer parte desse time. Por outro lado, hoje, eu participo, animada, dos inúmeros clubes de leitura, agora em formatos virtuais, e até criei um nessa quarentena, em companhia de uma amiga. Eles têm me ajudado a amenizar os impactos que a pandemia trouxe. Criar metas de leitura ocupou parte do espaço deixado pelo medo a cada notícia lida, aumento do número de casos e de mortes. A literatura me salva, traz acolhimento e algum resquício de sanidade, quando eu acho que já me falta.
Entre outros meios de distrações e formas atenuantes da situação em que nos encontramos, estão os produtos audiovisuais das chamadas plataformas de streaming. Lançamentos de novas temporadas ou a revisitação da série favorita são algumas das procuras por nós espectadores que queremos reduzir, ainda que em curtos momentos, algumas dores. No início do isolamento, optei em dar continuidade à famosa série de várias temporadas ambientada em um hospital. Por um tempo, deu certo, depois, além do medo de adquirir o coronavírus, comecei a imaginar diversas doenças existentes em mim. Não consegui avançar com essa opção.
Mas nada é tão acalentador e poderoso do que receber palavras de apoio daqueles que amamos. Podemos descobrir/encontrar/criar diversas formas de adaptação para uma situação tão cruel; porém, alguns dos mais potentes suportes são o carinho (seja ele só com palavras), afeto e cuidados que amenizam os temores e angústia. Mensagens por aplicativos, telefonemas e vide chamadas podem trazer um alívio e conforto para lidar com dias extremamente difíceis, enquanto o contato físico não ocorre. A preocupação com o outro é solidariedade e, se podemos, fiquemos em casa como a maior demonstração de amor que pode existir neste momento.

As crônicas fazem pensar sobre a vida e sobre o mundo a partir de eventos cotidianos. CITE o fato que motivou a escrita da crónica e EXPLIQUE a que conclusão a autora pôde chegara partir desse evento.

Soluções para a tarefa

Respondido por vocenaosabemeunome
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Resposta:

eu tbm preciso.

Explicação:

RAPIDO

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