ENEM, perguntado por kellabioneyj, 1 ano atrás

Na madrugada de 25 de janeiro de 1835, aconteceu em Salvador
uma rebelião organizada por muçulmanos, principalmente de origem
iorubá, chamados nagôs na Bahia. [...]
Salvador tinha na época em torno de 65.000 habitantes, dos quais
cerca de 42% eram escravos. Entre a população não escrava, a maioria
era também de africanos e seus descendentes nascidos no Brasil. Os
brancos não passavam de 22%. Entre os escravos, 63% eram nascidos
na África, chegando a 80% no recôncavo. A maioria dos africanos
era nagô, cerca de 30%, bem como a maioria entre os muçulmanos.
rEIS, João J. “O sonho da Bahia muçulmana”. In: Revista de História
da Biblioteca Nacional, ano 7. n. 78. mar. 2012. p. 30-31.
O texto citado permite identificar que:
a a existência da escravidão urbana convivia com o trabalho
livre, predominantemente branco.
b entre a maioria da população negra, existiam cativos, liber-
tos e muçulmanos.
c os africanos islamizados iniciaram uma revolta contra a
escravidão introduzida na Bahia a partir do século XIX.
d os negros muçulmanos, não escravizados, denominados
malês, protagonizaram uma revolta popular na Bahia.
E havia o predomínio de negros nagôs nas rebeliões e não
eram necessariamente cativos no Brasil.

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Respondido por lucassimoesbr
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Na madrugada de 25 de janeiro de 1835, aconteceu em Salvador uma rebelião organizada por muçulmanos, principalmente de origem iorubá, chamados nagôs na Bahia. A predominância nagô foi traduzida no nome dado ao movimento: Revolta dos Malês – o termo malê deriva de imale, que significa muçulmano em iorubá.

Participaram cerca de 600 combatentes, que deixaram a cidade em polvorosa por várias horas. Durante o combate, 73 rebeldes e dez oponentes foram mortos. Vencidos, dezenas de africanos foram condenados a penas de açoite, prisão, degredo e morte.

Salvador tinha na época em torno de 65.000 habitantes, dos quais cerca de 42% eram escravos. Entre a população não escrava, a maioria era também de africanos e seus descendentes nascidos no Brasil. Os brancos não passavam de 22%. Entre os escravos, 63% eram nascidos na África, chegando a 80% no Recôncavo. A maioria dos africanos era nagô, cerca de 30%, bem como a maioria entre os muçulmanos.

Na escravidão urbana, os cativos tinham alguma autonomia. Em geral, transitavam por toda a cidade, a cumprir tarefas para seus senhores ou a vender a força de trabalho. Muitos escravos sequer moravam na casa senhorial: eram negros de ganho. E aqueles que trabalhassem duro e poupassem muito podiam comprar sua alforria após cerca de dez anos. Os libertos representavam aproximadamente 7% da população de Salvador.

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