História, perguntado por 100013, 8 meses atrás

Na Itália no início da Época Moderna, o que a figura do príncipe associava-se?

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Respondido por nascimentomafalda150
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Nicolau Maquiavel foi uma das mais importants mentes políticas que a humanidade já teve. Seu legado se estendeu temporal e geograficamente, influenciando incontáveis grandes líderes políticos hodiernos. A vida dessa personalidade foi marcada por vários altos e baixos, e é em um dos momentos mais difíceis de sua existência que o mestre florentino nos deu a sua obra-prima: um opúsculo inicialmente chamado “De Principatibus”.

A Itália como a conhecemos hoje não existia no século XV d.C.. Os italianos, embora apresentassem características que pudessem uni-los em uma única nação, como o próprio idioma utilizado, estavam fragmentados em várias pequenas cidades-estado, denominadas principados. Florença, mais do que qualquer outro principado, sofreu bastante com toda essa fragmentação, sendo constantemente invadida pelos condottieris, que alugavam seus mercenários pela melhor oferta, e tendo seu regime político alterado de forma ininterrupta. Todo esse ambiente de instabilidade florentina duraria, contudo, até 1434, quando uma família de ricos banqueiros, os De Médici, se estabeleceria no poder daquele principado.

Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, nascido em Florença no dia 3 de maio de 1469, foi o terceiro de quatro filhos em uma família empobrecida. Maquiavel desde cedo soube da necessidade pela qual sua família passava e logo aos sete anos de idade iniciou seus estudos em latim, grego antigo e também suas análises a respeito do ábaco. Contudo, devido à sua infância humilde, sua educação humanística foi considerada pobre em relação a de outros pensadores da época.

Em 1494, Pedro de Médici, o líder político de Florença no período, precisou se afastar de sua própria cidade, pois uma revolta popular se instaurou, provocada por um acordo assinado com o rei da França, Carlos VIII. A república, então, foi reestabelecida, e Maquiavel, aos vinte e nove anos de idade, iniciou-se no mundo político, ocupando primeiramente o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República Florentina. Foi, contudo, somente como secretário dos Dez de Liberdade e de Paz, um conjunto de magistrados encarregados de funções, principalmente, relacionadas à diplomacia, que Nicolau Maquiavel obteve conhecimentos de crucial importância para sua obra máxima, O Príncipe.

Após quatorze anos de serviços muito bem prestados à comunidade florentina, Nicolau Maquiavel sofre um forte golpe do destino: o regime antes estabelecido naquele principado italiano é alterado e, em meio ao caos promovido pelo conflito entre o rei Francês, Luís XII, e os exércitos da Igreja Católica Romana, os De Médici aproveitam a situação e se reestabelecem no poder. Maquiavel, que chega inclusive a organizar uma pequena milícia para conter o conflito, é humilhado em batalha e, como pena, banido de Florença e da vida como funcionário público do governo.

É devido a esse tremendo infortúnio que Maquiavel tornar-se-ia um dos autores mais lidos de toda a história. Já dizia Charles Benoist: “Tudo está perdido, mas tudo se ganhou. Maquiavel perdeu seu lugar, mas nós ganhamos Maquiavel”¹.

Exilado, desfavorecido e humilhado, Nicolau Maquiavel passa a viver então em San Casciano, numa casa simples que lhe pertence, cheio de amargura e mediocridade. Maquiavel começa a escrever então a um antigo amigo seu, Francesco Vettori, o embaixador de Florença em Roma, e é somente nessas cartas que Maquiavel relata o seu cotidiano no exílio, onde atividades medíocres se mesclam a estudos enobrecidos sobre os líderes políticos de outrora. Nicolau Maquiavel durante o dia é um homem comum: cuida das árvores que crescem em seu terreno, joga cartas com os amigos na taberna, conversa com estrangeiros sobre suas origens, etc.; mas é durante a noite que ele executa sua função de maior destaque: usando as vestes da corte, Maquiavel inicia um longo estudo sobre política e história, onde, em suas próprias palavras, dialoga com líderes de outrora: “Sem falso pudor, ouso conversar com eles e perguntar-lhes as causas de suas ações; e, tão grande é a sua humanidade, que me respondem”².

Maquiavel anota seus estudos e os compila no que se tornaria então um manual sobre a essência dos principados, quais os tipos, como são conquistados e como são mantidos. Todo esse trabalho, contudo, é muitas vezes entendido apenas como a última “cartada” de um homem desesperado para recuperar a sua antiga vida pública, uma vez que o dedica primeiramente a Juliano de Médici e, após a morte deste líder florentino, ao seu sucessor, Lourenço de Médici.

Explicação:


100013: Na Itália no início da Época Moderna, a figura do príncipe associava-se a:

a.
homens que chegavam ao poder por meio da força e intrigas.

b.
mercenários contratados para combater os condottieri.

c.
elementos que lutavam pela unificação da península.

d.
governantes eleitos pelos votos dos habitantes das cidades.

e.
religiosos que se dedicavam à pregação na língua nacional.
100013: qual alternativa
Respondido por ingridtrajano03
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Resposta:

todos mais isso msm 10 mais q0


100013: que
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