Ed. Moral, perguntado por sabinoaline2007, 10 meses atrás

Na época do Buda, uma mulher chamada Kisagotami

sofreu a morte do seu filho único. Sem conseguir aceitar

o fato, ela corria de um a outro, em busca de um remédio

que restaurasse a vida da criança. Dizia-se que o Buda

tinha esse medicamento.

Kisagotami foi ao Buda, fez-lhe reverência e apresentou

seu pedido.

– O Buda pode fazer um remédio que recupere meu

filho?

– Sei da existência desse remédio – respondeu o Buda.

– Mas para fazê-lo, preciso ter certos ingredientes.

– Quais são os ingredientes necessários? – perguntou a

mulher, aliviada.

– Traga-me um punhado de sementes de mostarda –

disse o Buda. A mulher prometeu obter o ingrediente

para ele; mas, quando ela estava saindo, o Buda

acrescentou um detalhe. – Exijo que as sementes de

mostarda sejam retiradas de uma casa na qual não tenha

havido morte de criança, cônjuge, genitor ou criado.

A mulher concordou e começou a ir de casa em casa à

procura das sementes de mostarda. Em cada casa, as

pessoas concordavam em lhe dar as sementes, mas,

quando ela lhes perguntava se havia ocorrido alguma

morte naquela residência, não conseguiu encontrar uma

casa que não tivesse sido visitada pela morte. Uma filha

nessa aqui, um criado na outra, em outras um marido ou

pai haviam morrido. Kisagotami não conseguiu

encontrar um lar que fosse imune ao sofrimento da

morte. Vendo que não estava só em sua dor, a mãe

desapegou-se do corpo inerte do filho e voltou ao Buda,

que disse com enorme compaixão:

– Você achava que só você tinha perdido um filho. A lei

da morte consiste em não haver permanência entre todas

as criaturas vivas.

A procura de Kisagotami ensinou-lhe que ninguém vive

sem estar exposto ao sofrimento e à perda. Ela não havia

sido escolhida especificamente para aquela terrível

desgraça. Essa constatação não eliminou o inevitável

sofrimento que deriva da perda, mas sem dúvida reduziu

o sofrimento resultante da revolta contra essa triste

realidade da vida.

Aceitar que o sofrimento faz parte da vida não é tarefa

fácil. Mas preparar-se para ele pode aliviar a angústia e

a sensação de injustiça que as perdas provocam. As

perdas são inevitáveis, assim como o sofrimento

causado por elas. Ignorar o fato de que perderemos

amigos, pais, filhos, irmãos é negar a natureza da vida.

É uma atitude que pode surtir efeito temporariamente,

fazendo com que acreditemos que somos imunes.

Funciona muito bem, mas o alívio é temporário. A

negação não evita que as perdas aconteçam. Apenas não

permite que nos preparemos para elas.

(texto extraído do livro “A Arte da Felicidade”, de

Howard C. Cutler)



ATIVIDADE


1) De acordo com o texto lido acima, que lição

podemos tirar sobre como lidar com o

sofrimento? Escreva um pequeno texto

dissertativo sobre o mesmo:​

Soluções para a tarefa

Respondido por julia526789
0

Resposta:

que todo mundo já perdeu alguém e não tem como evitar isso ,tem que saber lidar e pensar que muitas outras pessoas também estam passando por essa situação difícil,mais tem que pensar que essa pessoa está em um lugar melhor e se ela foi e porque tinha que ir , e muitas vezes ela(ele) estava doente e se "livrou " de um sofrimento , sei que não e fácil mais um dia tambem damos partir .

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