Português, perguntado por Milena19souza, 4 meses atrás

Na canção, aquele que fala, ou seja, o eu poético, está representado por qual palavra? E que palavra indica a pessoa a quem ele se dirige?

Ajuuuda plssss, não roubem os pontos e obrigada :)​

Anexos:

Milena19souza: tbm não sei

Soluções para a tarefa

Respondido por Fwlipii
2

Resposta:

Explicação:

poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

Fernando Pessoa

O poema que você leu agora é de autoria daquele que é considerado o maior poeta da língua portuguesa: Fernando Pessoa. Pessoa provou, com seus vários heterônimos, que o poeta não cabe no poema; sua genialidade fez nascer outros tipos, diferentes abordagens e estilos. Talvez Fernando Pessoa seja a maior prova de que o poeta entrega seus versos para o verdadeiro dono do poema: o eu lírico.

Você sabe o que é eu lírico? Existem outras denominações, como eu poético e sujeito lírico, mas o termo mais conhecido e divulgado é este: eu lírico. Esse termo designa uma espécie de narrador do poema, e assim seria chamado se não estivéssemos falando dos textos literários, sobretudo do gênero lírico. Quando você lê um poema e percebe a manifestação de um “eu literário”, aquela voz, aquela personagem presente nos versos, não é necessariamente o autor real do poema.

É preciso compreender a diferença entre o poeta e o eu lírico. Não devemos confundir a pessoa real com a entidade fictícia. Claro que o poema não está isento da subjetividade de seu criador, mas no momento da escrita uma nova entidade nasce, desprendida da lógica e da compreensão de si mesmo, fatores que nunca abandonam quem escreve os versos (autor/poeta). Observe a construção do eu lírico na canção de Chico Buarque:

“Se acaso me quiseres

Sou dessas mulheres que só dizem sim

Por uma coisa à toa

Uma noitada boa

Um cinema, um botequim

E se tiveres renda

Aceito uma prenda

Qualquer coisa assim

Como uma pedra falsa

Um sonho de valsa

Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades

Direi meias verdades

Sempre à meia luz

E te farei, vaidoso, supor

Que és o maior e que me possuis

Mas na manhã seguinte

Não conta até vinte, te afasta de mim

Pois já não vales nada

És página virada

Descartada do meu folhetim”.


Milena19souza: obrigada :)
Fwlipii: Ponha a minha melhor resposta pfv
Milena19souza: quando aparecer a opção eu coloco ok ?
Milena19souza: se ninguém mais responder vai demorar para aparecer
Fwlipii: Obrigado irmão
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