Ed. Física, perguntado por eduardarayanemuller, 7 meses atrás

na arte indigdna os nativos retiram da natureza para a obtenção de cores, para o preto utiliza se​

Soluções para a tarefa

Respondido por giovannamartins76
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Resposta:

o carvão ou resinas das árvores

Respondido por sousaelayne62
1

Resposta:

As comunidades tradicionais possuem, em sua maioria, a prática cultural da pintura corporal como uma atividade considerada como cotidiana, em decorrência da realização dos diferentes rituais que acontecem no dia a dia como os ritos de passagens, as pajelanças, as caçadas e pescarias coletivas, as atividades que marcam as diferentes fases da natureza, além das festas tradicionais que foram ao longo das gerações incorporadas como parte da cultura de muitas etnias, como por exemplo o dia do índio, entre outras datas comemorativas pertencentes a sociedade envolvente.

Desse modo, as pinturas corporais sempre estão presentes no cotidiano dos povos indígenas, especificamente nesses dias de rituais e festas tradicionais, marcada pela beleza dos traços e a riqueza dos detalhes, em sua maioria representando formas dos animais existentes no meio ambiente local. Existem algumas particularidades como pinturas que são específicas para as mulheres e outras para os homens, como também existem outras que são usadas por ambos os sexos.

Em nossa conversa de hoje vamos enfocar o processo de obtenção das tintas, que exige todo um trabalho minucioso e artesanal. Na maioria das comunidades tradicionais as pinturas realizadas utilizam tintas obtidas da natureza, oriundas de plantas como o jenipapo e o urucum ou, de minerais como o carvão e a argila branca.

Do jenipapo obtém-se a tinta de cor preta. A fruta é colhida quando ainda está verde, sendo em seguida ralada a polpa da fruta, menos o miolo, e misturada com um pouco de água. A massa obtida é colocada em um pano para ser espremida e o caldo acondicionado em uma vasilha que posteriormente será levado ao fogo até o ponto em que começa a formar espumas. Para deixar a tinta ainda mais preta, acrescenta-se o talo do buriti queimado, mexendo com um pedaço de madeira até que torne uma mistura homogênea. Feito isso deve esperar por cerca de um dia para então poder ser usada no corpo das pessoas.

A cor preta também é obtida do carvão retirado do talo do buriti, sendo socado, peneirado e misturado com água, formando um líquido grosso, de tonalidade bem forte, que adere ao corpo com mais facilidade.

A cor vermelha é obtida da fruta da planta conhecida como urucum, que deve ser usada quando estiver madura, de onde são retiradas as sementes de seu interior. Com uma quantidade razoável de sementes em uma vasilha, deve socá-las com pedaço de madeira e em seguida coloca-se água e leva ao fogo para cozinhar até o ponto de fervura, quando mistura-se pedaços da planta específicas de cada região, que tem a função de proporcionar liga à tinta, já neste estágio de cor bem vermelha. Retira-se do fogo a tinta e deixa esfriar por um dia que neste espaço de tempo de repouso, passa do estado líquido para sólido, na forma de uma massa, onde são feitas bolas que são enroladas em palha de buriti seco, garantindo o seu armazenamento e conservação por cerca um ano.

Da argila obtém-se a cor branca. Também conhecida em algumas aldeias como tabatinga, sua retirada é feita do fundo de lagoas ou córregos pequenos. Essa massa ainda misturada com a água é colocada no sol para secar, até que seja possível manusear e formar pequenas bolas que endurecem e são guardadas. Para serem usadas na pintura retira-se pequenos pedaços que são umedecidos com água e passados no corpo.

A pintura corporal, que usa basicamente as cores e os materiais que foram descritos, tem uma importância simbólica e cultural fundamental, pois variam muito de uma etnia para outra e são consideradas como um sinal diacrítico que marca a identidade de um determinado grupo social.

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