História, perguntado por sftaretto, 9 meses atrás

Muitos historiadores defendem que, na Roma Antiga, não se distinguiam
com precisão escravos de trabalhadores livres pobres, pois os tipos de trabalho
que faziam eram semelhantes. Sobre esse assunto, leia o texto de Norberto
Guarinello, um importante historiador brasileiro.
Em algumas cidades-Estado e regiões do Mediterrâneo, como a Itália
central ou a Sicília, a escravidão mercadoria adquiriu uma importância
considerável. É nessas regiões, nos séculos iniciais do Império (Romano), que
vou centrar minha atenção. Os escravos tornaram-se uma parcela significativa
da população: algo perto de um terço da população total [...]. Tornaram-se,
igualmente, a principal força de trabalho dessas comunidades [...].
[...]
A escravidão era, para os romanos dessa época, um fato normal da
vida, como o trabalho assalariado é para nós [...]. Mais importante ainda: ser
escravo era apenas uma circunstância da vida, uma posição específica dentro
da sociedade e não uma anomalia. Escravos e livres não se separavam, a não
ser por sua condição jurídica. Esta última não podia, obviamente, ser
transgredida impunemente. Mas a condição jurídica era apenas uma das
dimensões do espaço da vida cotidiana. Nesta, livres e escravos conviviam
lado a lado, exerciam ofícios semelhantes, compartilhavam desejos,
aspirações, reivindicações, teciam redes de vizinhança e de amizade. Várias
fontes sugerem que não havia uma separação tão nítida entre o mundo
escravo e o mundo livre como se costuma supor [...].
[...]. Muitos homens livres ligavam-se às grandes casas da cidade de
Roma, como os clientes à procura de um bom patrono, de quem esperavam
ajuda no sustento diário e, se possível, alguma promoção social. Faziam fila de
madrugada à soleira de seu senhor, dispostos em ordem segundo sua
condição e prestígio social, para saudá-lo quando acordasse, para acompanha-
lo ao fórum, em troca de uma pequena cesta de alimento, de um convite para
jantar, de uma indicação política. Eram livres, mas não tinham vergonha de
depender.
GUARINELLO, Norberto Luiz. Escravos sem senhores: escravidão, trabalho e poder no mundo romano.
Revista Brasileira de História, São Paulo, v.26, n.52, 2006. p. 229-237.




1) De acordo com o texto, por que motivo os escravos se tornaram parcela
significativa da população romana?


2) Quais as diferenças e as semelhanças entre as condições de homens livres
e escravos no Império Romano?


3) O autor do texto afirma que muitos homens eram livres, porém dependentes
de outros. Que grupo social exemplifica essa relação? Justifique.

Soluções para a tarefa

Respondido por delizrafah20
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Resposta:O artigo aborda a escravidão no Império Romano, discutindo as fronteiras entre liberdade e escravidão em seus aspectos públicos e privados. Central para a discussão é a noção de trajetória escrava, que coloca os alforriados numa espécie de limbo social, uma zona de indeterminação que contamina a sociedade escravista romana como um todo.

1)Possuir escravos tornou-se um meio de acumular riqueza, em homens e em força produtiva, homens que podiam ser usados para proteger, para afirmar a própria riqueza de seus senhores, e até mesmo para coagir outros cidadãos, mas que permitiam, também, fazer render a riqueza.

2)um escravo e o liberto não tinha direitos. ... Já em Roma, era comum que escravos urbanos fossem alforriados, e seus filhos, considerados livres. Os libertos adquiriam a cidadania romana.

3)

Explicação:


sftaretto: poderia falar a 3 pfv
delizrafah20: O autor do texto afirma que muitos homens eram livres, porém dependentes
de outros. Que grupo social exemplifica essa relação? Justifique.
delizrafah20: 3)Bom, eles eram do grupo social dos "pobres" pois como dependiam de trabalho, comida, lugar para morar, etc, como também seguiam ordens e obedeciam a tudo que lhe era mandado.
jessisdn1991: os clientes à procura de um bom patrono, de quem esperavam
ajuda no sustento diário e, se possível, alguma promoção social.
Respondido por marconesoliviera
4

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