Muitas vezes, os vícios de linguagem podem ser os responsáveis por interpretações equivocadas daquilo que se quer dizer. Um dos principais exemplos é a ambiguidade. Esse vício de linguagem impede o leitor de ter uma ideia correta quando está lendo o texto, fazendo com que surja mais de uma forma de interpretá-lo e, em alguns casos, não permitindo que o leitor o compreenda realmente.
Suponha que você seja professor(a) de português e apresente aos seus alunos as duas tirinhas a seguir:
O desafio é fazer as seguintes reflexões:
1) Quais são as formas de interpretação que cada uma das situações apresentadas nas tirinhas permite?
2) Quais são os elementos responsáveis pela comicidade nesses casos?
Soluções para a tarefa
1) Na primeira tirinha, temos duas interpretações:
> A expressão "pequenas coisas da vida" se refere a momentos de afeto, de comunhão, de amizade, estar com a família e os amigos, etc, ou seja, coisas que não tem preço.
> A expressão "pequenas coisas da vida" se refere a pequeno iate, pequena mansão, pequena fortuna.
Na segunda tirinha, temos duas interpretações:
> O criminoso quis dizer que sempre amou seus familiares.
> O criminoso quis dizer que sempre amou crimes hediondos.
2) Os elementos responsáveis pela comicidade nesses dois casos são:
> Primeira tirinha: a expressão "pequenas coisas da vida"
> Segunda tirinha: o pronome "eles"
Resposta:
No diálogo 1, a ambiguidade se dá em função da interpretação equivocada que o personagem faz sobre as pequenas coisas da vida. A proposta seria a de pensar sobre as coisas simples, as pequenas realizações de âmbito pessoal, enquanto que o personagem as interpreta como sendo bens materiais de tamanho pequeno.
- No diálogo 2, o elemento responsável pela ambiguidade é o emprego do pronome "eles". A proposta seria que "eles" se referisse à família do personagem, mas o equívoco se dá pela referência do pronome aos crimes hediondos, e que é o responsável pela comicidade.
Explicação: